Esquece as palavras doces, o carinho;
A tua voz implora uma certeza na minha,
O teu querer, quer ver um espelho em mim.
Isso é cobrança, é dúvida…
Falas como quem mede distâncias;
Paras para ouvir, ou não, as respostas.
A tua fé treme, procura a minha em pranto.
Isso é desespero, é dor…
O medo afoga-nos no vazio, não no fim;
Se choras ou reclamas um abraço efémero,
É o teu coração que não sabe viver assim.
Isso é cansaço, é descrença…
Gritas-me a saudade, as tuas ânsias;
E as palavras que repetes como sendo nossas,
Tem demasiados ses, nem nãos, nem sins.
Isso é esquecimento, é tortura…
Eu calo, não tenho dúvidas, nem certezas…
Consegues tu, ler o meu silêncio?
Não é preciso decifrá-lo, basta senti-lo.
Isso é respeito, é apego…
È brando, é manso,
Não é de guerra,
Não é de morte…
Não faças barulho!
È de amor, meu amor
O meu silêncio!
Alcobaça
29-4-2008
Malu
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