28/12/2008

...fim de ciclo...

A propósito de últimos dias do ano... partilho um texto "daqueles"... que me lembram pra, pensar POSITIVO.... e que espraia de apenas um final de ciclo, aquilo que podemos dizer que acontece, quando um ano termina... aguardando com energia positiva, o começo, ou recomeço de um novo ano, um novo ciclo, uma nova página no livro da nossa vida, que não devemos pretender nunca deixar em branco:

"Se observarmos cuidadosamente, os finais de ciclo são épocas desgastantes, às vezes tristes, às vezes monótonas, às vezes dolorosas, mas sempre pouco atraentes em relação às fases de crescimento.
Sendo assim, o "inferno astral" ou o fechamento do ciclo é semelhante a uma morte, ao término de um namoro e à fase de falta de criatividade pela qual passa um artista ou escritor após a conclusão de uma obra.
É preciso "fermentar" ou "incubar" uma nova manifestação.
É preciso voltar-se para dentro, encolher-se a fim de que seja possível dar um salto, espremer um pouco, para poder passar por uma abertura estreita até um local melhor - isso é o nascimento...- o que não é necessariamente ruim.
Por outro lado, um período de transformações e de conscientização dos próprios limites pode ser confundido com um agravamento de condições difíceis ... Atitudes e convicções também produzem problemas erroneamente atribuídos a essa fase do ano.

O que acreditamos é o que somos. O que criamos na mente, fazemos acontecer no cotidiano, mesmo que não percebamos ou não queiramos perceber.
Se dizemos: "Epa… chegou aquela fase do ano. Agora ferrou." - então esqueça: você se ferrou mesmo. O universo inteiro vai conspirar a favor de seu próprio pensamento, ou seja, contra você.
Seja graças à mídia, seja graças à falta de senso crítico, as crenças vão-se confirmando, especialmente quando não lembramos que queremos ver aquilo, quer dizer, a mente humana, seletiva que é, verá o que quer ver.
Se o pensamento é muito negativo, quando alguém usa a gíria "Fulano é uma fera na empresa", tende-se a pensar que o sujeito é irritadiço e grosseiro, quando na verdade quer-se dizer que o Fulano é muito competente.
A atitude mental é tão importante que, se estivermos com mania de perseguição, nem mesmo ciclos afortunadíssimos poderiam atenuar os sentimentos incômodos, ainda que tudo à volta parecesse normal.

Um final de ciclo, não deixa de ter suas mazelas. Apesar disso... existe quem passe muito bem mesmo e não são poucas as pessoas nessas condições.
Não se trata somente de ter um olhar positivo sobre a vida, o que, é claro, reduz tremendamente as adversidades. Trata-se de um ciclo de vida individual e de um crescimento em percepção."

Carlos Hollanda

27/12/2008

...se...


"Depois de as coisas acontecerem, é quase irresistível reflectir, sobre o que teria sido a vida, se se tem feito diferente. "

São as primeiras linhas do primeiro capítulo de "Equador", de Miguel Sousa Tavares

E já agora, sublinho também a definição que consta, logo na página 3 do livro, a lançar o mote, ao que vem depois:

Equador: linha que divide a terra em hemisfério norte e sul. Linha simbólica de demarcação, de fronteira entre dois mundos. Possível contracção da expressão «é com a dor» («é-cum-a-dor» em português antigo)

A ler sim... recomendo porque, adorei...neste final de ano...foi uma lufada...e por coincidência, também arrancou na TV, a série baseada no mesmo...

Serve, a série, para compararmos aqueles pormenores, que na leitura interpretámos "assim", e o realizador interpretou ou faz interpretar com a série, de milhentas formas diferentes...

É isto o que me atrai na escrita... já que, escrever, volto a dizer, é pessoal, enquanto ler, é universal, e pode ter interepretações inúmeras, o mesmo enredo, visto por tantos de nós, tão diferentes...

... o último...


é o último fim de semana deste ano
é o último ano que quero que passe o mais rápidamente possível
é a última passagem de ano que quero ficar aqui... sem ti

assim ... não quero mais
buaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh

sei que tenho eu, e tens tu, tanto tanto em que pensar, com que nos preocuparmos agora... e chega a hora, de toda a farra, toda a energia, da noite mais longa do ano... dos balanços, das superstições... toda a euforia de mais uma festa, onde se almeja, a mudança... e nada muda em meu coração...

nem a dor de te não ter
nem a alegria de te querer

Vou tentar estar feliz...este fim de semana, este dia, este ano, e no próximo...
... e a todos os que amo e me rodeiam, ou não, quero que tenham sinceramente, motivos pra isso, pra serem felizes, em 2009... e que todos, façamos por isso... se não, não valerá a pena...

beijinhos da malu

22/12/2008

...por te rever...

Quisera roubar-te essas palavras e morrer
Trazer-te assim até ao fim do que eu puder
E começar um dia mais eternamente

Por te rever, só

Pudesse eu guardar-te nos sentidos e na voz
E descobrir o que será de nós
E demorar um dia mais eternamente

Por te rever, só

Quisera a ternura, calmaria azul do mar
O riso o amor o gosto a sal o sol do olhar
E um lugar pra me espraiar eternamente

Por te rever, só

Pudesse eu ser tempo a respirar no teu abraço
Adormecer e abandonar-me de cansaço
Quisera assim perder-me em mim eternamente

Por te rever, só

mafalda veiga no album cantar de 1988

... we ...

IMGP0166

...basta olhar...

Nós somos a forma bonita, completa, de se cantar
Nós somos a voz e a palavra que nunca vão acabar
Cantando e amando e vivendo
Com toda a vontade que é possível ter
Nós somos a forma bonita, completa, de se viver

Nós somos o ser extravasado que o nosso sentir nos dá
O mito complexificado em busca do que não há
Cantando e amando e vivendo
Com toda a verdade que é possível ter
Nós somos a forma bonita,
completa, de se viver

E eu canto e eu quero o que eu canto
Eu preciso de cantar para encher essa forma
Eu sou o que eu canto
É na voz que eu rebento de mim
Alguém completado na vida
Prolongado na morte que já ninguém tem
A partir do momento em que a forma bonita
Se encheu de uma essência qualquer de ser

Nós somos a dor mais profunda que existe em todo o planeta
Mas somos também a alegria melhor que se inventa
Se alguém perguntar afinal
O que é que nós somos de tão lindo assim
A resposta é tão simples
Basta olhar pra vocês e pra mim

"Nós" Mafalda Veiga - Pássaros do sul

Dedico à minha Aninhas, porque os tempos que se avizinham, serão dos mais difíceis, que "nós" iremos conseguir ultrapassar...

...só pra dizer, que te amo...

Só pra dizer que te Amo,
Nem sempre encontro o melhor termo,
Nem sempre escolho o melhor modo.

Devia ser como no cinema,
A língua inglesa fica sempre bem
E nunca atraiçoa ninguém.

O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.

Só pra dizer que te Amo
Não sei porquê este embaraço
Que mais parece que só te estimo.

E até nos momentos em que digo que não quero
E o que sinto por ti são coisas confusas
E até parece que estou a mentir,
As palavras custam a sair,
Não digo o que estou a sentir,
Digo o contrário do que estou a sentir.

O teu mundo está tão perto do meu
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.

E é tão difícil dizer amor,
É bem melhor dizê-lo a cantar.
Por isso esta noite, fiz esta canção,
Para resolver o meu problema de expressão,
Pra ficar mais perto, bem mais de perto.
Ficar mais perto, bem mais de perto.

Problema de expressão

Carlos Tê - Clã

http://pt.netlog.com/go/explore/videos/videoid=66592

IMGP0197

Será que uma imagem, um olhar, poderá alguma vez valer por mil palavras...? ... ai a tens já que te faz tanta falta "ver-me", e não há outra forma possível, de momento... Só pra dizer, que te amo, e que aqui estou... assim...

Só falta o teu abraço este Natal... e todos os dias.

21/12/2008

...Inverno...

Hoje começa oficialmente o Inverno...
E os meus dias são cinzentos desde que te foste...
O meu corpo está gelado, há tanto tempo,
o tanto quanto o que espera por ti...

Meu amor...
Só esse amor pode aquecer meu sangue...
Só essa clareza dos teus olhos pode adoçar o meu olhar,
deixá-lo vivo, com vontade de rir...
Tenho tantas saudades dos teus olhos em mim...

Só a certeza desse amor, pode fazer-me seguir...
Só a alegria de te saber, pode conseguir-me emergir
deste meu estado caóticamente hibernado,
de lenda ainda não inventada,
de prenda ainda embrulhada... deixada...
naquela tão triste árvore de Natal naquele canto,
naquele lugar pra onde não me apetece voltar...

Só a força desse amor, pode fazer-me acreditar
que passar mais um dia, mais um inverno
mais um Natal, mais um ano, sem ti...
poderá querer dizer que,
se a nossa história ainda não acabou...
é porque ainda não chegou ao fim...

Não está fácil...
Mas é Natal... e prontos... e tal... estamos aí...



Batem leve, levemente
como quem chama por mim
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.

É talvez a ventania:
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho…
Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento com certeza.
Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria….
Há quanto tempo a não via!
E que saudades, Deus meu!
Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho…
Fico olhando esses sinais
da pobre gente que avança,
e noto, por entre os mais,
os traços miniaturais
duns pezitos de criança…
E descalcinhos, doridos…
a neve deixa inda vê-los,
primeiro, bem definidos,
depois, em sulcos compridos,
porque não podia erguê-los!…

Que quem já é pecador
sofra tormentos, enfim!
Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!…
Porque padecem assim?!…

E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na Natureza
e cai no meu coração.

Augusto Gil - Balada da neve

20/12/2008

...Com o Tempo...


Com o tempo você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar , não precisar dela.
Percebe também que aquele alguém que você ama(ou acha que ama)e que não quer nada com você, definitivamente não é o alguém da sua vida.
Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.
O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você...

Mário Quintana

18/12/2008

...Serei capaz...


"Como sabes eu vivo de relâmpagos; contigo partilhei uma trovoada um pouco mais longa do que o habitual. Foi apenas isso. De qualquer modo, a morte espreita sobre todos os prazeres dessa cronologia a que nos agarramos para escapar ao tempo. O que somos para além do que vamos sendo? O meu além eras tu- íman da minha íntima, impessoal temporalidade. Redenção dos males que me amputaram. Tu

Feliz por estar ao teu lado outra vez. Ao lado dessa que já estava morta um bom par de anos antes de tu morreres. Fazes-me falta. Mas a vida não é mais do que uma sucessão de faltas que nos animam. A tua morte alivia-me do medo de morrer. Contigo fora de jogo, diminui o interesse da parada. E se tu morreste, também eu serei capaz de morrer, sem que as ondas nem o céu nem o silêncio se transtornem. Cair em ti, cada vez mais longe da mísera ficção de mim."

Inês Pedrosa em "Fazes-me falta"

...intervalo...

Vivemos apenas quando o mundo nos marca.

Tudo o resto é intervalo:


(...)
a vida segue dentro de momentos.

...abraços...


Ultimamente, tenho me perguntado muitas coisas... pois sinto que a minha vida anda meio sem um rumo concreto...
Estou divagando no vazio me sinto acorrentado e enfrentando muitos monstros internos... e me pergunto até quanto aguentarei essa loucura na qual a minha vida se meteu ?... é meio complicado quando nós sentimos "sozinhos"... meio complicado explicar esse sozinho mas sinto um grande buraco que esta preste a me devorar... e enquanto isso me agora no pouco da sanidade que me resta para continuar a viver... é complicado... mas sei que vou conseguir vencer esse grande dilema... e como dizia Nietzsche... " Quem luta com os monstros devem tomar cuidado para não se tornar um monstro. Porque se você olhar a fundo dentro de um abismo, o abismo também vai olhar dentro de você..."....quando se entra nas sombras temos que tomar cuidado... para não esquecermos que ainda somos mortais... e que ainda sentimos dor...


Aos condolentes meus abraços sombrios....


jnt
no blog
no fundo dos seus olhos

16/12/2008

...dias...

Todos os meus dias são um adeus

François Chateaubriand

...fazes-me falta...

O tempo passa... tudo fica igual
O tempo escorre e tudo permanece

A erosão corrói ... mudamos
A mente entorpece, o corpo envelhece

Tudo petrifica e eterniza
Ignorando-nos
O medo e a dor escraviza
Toma conta e destrói
Moldando-nos
O Futuro encobre o que a memória esquece
O Presente ocupa-nos
E o Passado arrefece!



( Alberto Vagaroso )
em http://www.fazesmefalta.blogs.sapo.pt/

14/12/2008

...ser livre...


"Ser livre,
é querer ir e ter um rumo...
e ir sem medo,
mesmo que sejam vãos os passos.

É pensar,
e logo transformar o fumo do pensamento
em braços...

É não ter pão nem vinho,
só ver portas fechadas e pessoas hostis...
e arrancar teimosamente do caminho...
sonhos de sol...
com fúrias de raiz.

É estar atado,
amordaçado, em sangue, exausto...
e, mesmo assim,
só de pensar gritar...

gritar,
e só de pensar ir...
ir e chegar ao fim."

Armindo Rodrigues
E tu...?
E eu ...?
Seremos livres ...?

11/12/2008

...só sei...


Sem ti,
só sei o que são saudades!
Quase nada,
quase um interior vazio
que não soube preencher-me...

Sem nós,
só sei o que é a dor

Quase morte,
quase vida que me seguiu
que não soube guiar-me...

Sem o amor,
só sei o que é desistir

Quase esquecimento,
quase memória que fui
que não soube perseguir-me...

Sem a alegria,
só sei o que é a falta

Quase pele,
quase orgão vital arrancado
que não soube devolver-me...

Sem a coragem,
só sei o que é a espera

Quase tortura,
quase desespero... intento
que não soube acompanhar-me...

Sem a história,
só sei o que é agora
Quase futuro,
quase passado iminente
que não soube presentear-me...


Malu
Alcobaça, 11 de Dezembro de 2008

...terror de te amar...


Terror de te amar
num sítio tão frágil como o mundo

Mal de te amar
neste lugar de imperfeição

Onde tudo
nos quebra e emudece

Onde tudo
nos mente e nos separa...



Sophia de Mello Breyner Andresen
as tormentas
ou Antologia - Círculo de Poesia
Moraes Editores - 1975

10/12/2008

...a tout le monde...


Dont remember where I was
I realized life was a game
The more seriously I took things
The harder the rules became
I had no idea what itd cost
My life passed before my eyes
I found out how little I accomplished
All my plans denied

So as you read this know my friends
Id love to stay with you all
Please smile when you think of me
My bodys gone thats all
A tout le monde
A tout les amis
Je vous aime
Je dois partir
There are the last words
Ill ever speak
And theyll set me free

If my heart was still alive
I know it would surely break
And my memories left with you
Theres nothing more to say

Moving on is a simple thing
What it leaves behind is hard
You know the sleeping feel no more pain
And the living are scarred


Megadeth
(Em Vilar de Mouros Dave Mustaine fez-me chorar)

...carries on...


Where did we come from?
Why are we here?
Where do we go
when we die?
What lies beyond
And what lay before?
Is anything certain in life?

They say,
"Life is too short,"
"The here and the now"
And "You're only given one shot"
But could there be more,
Have I lived before,
Or could this be all that we've got?

If I die tomorrow
I'd be allright
Because I believe
That after we're
The spirit carries on

I used to be frightened of dying
I used to think death was the end
But that was before
I'm not scared anymore
I know that my soul will transcend
I may never find all the answers
I may never understand why
I may never prove
What I know to be true
But I know that I still have to try

If I die tomorrow
I'd be allright
Because I believe
That after we're gone
The spirit carries on

"Move on, be brave
Don't weep at my grave
Because I am no longer here
But please never let
Your memory of me disappear"
Safe in the light that surrounds me
Free of the fear and the pain
My questioning mind
Has helped me to find
The meaning in my life again

Victoria's real
I finally feel
At peace with the girl in my dreams
And now that I'm here
It's perfectly clear
I found out what all of this means

If I die tomorrow
I'd be allright
Because I believe
That after we're gone
The spirit carries on



recordo na Aula Magna,
um espectáculo incomparável,
um 20 de Abril de um ano destes
sentia os Dream Theather no palco,
e como tantas outras vezes
não consegui conter as lágrimas

...in assenza di te...


Io come un albero nudo senza te
senza foglie e radici ormai
abbandonata così
per rinascere mi servi qui
Non c’è una cosa che non ricordi noi
in questa casa perduta ormai
mentre la neve va giù
è quasi Natale e tu non ci sei più

E mi manchi, amore mio
tu mi manchi come quando cerco Dio
e in assenza di te
io ti vorrei per dirti che
tu mi manchi amore mio
il dolore è forte come un lungo addio
e l’assenza di te
è un vuoto dentro me

Perché di noi è rimasta l’anima
ogni piega, ogni pagina
se chiudo gli occhi sei qui
che mi abbracci di nuovo cosi
E vedo noi stretti dentro noi
legati per non slegarsi mai
in ogni lacrima tu sarai
per non dimenticarti mai
E mi manchi, amore mio
così tanto che ogni giorno muoio anch’io
ho bisogno di te
di averti qui per dirti che
Tu mi manchi, amore mio
il dolore è freddo come un lungo addio
e in assenza di te
il vuoto è dentro me

Tu mi manchi, amore mio
e mi manchi come quando cerco Dio
ho bisogno di te
di averti ancora qui con me
E mi manchi, amore mio
così tanto che vorrei seguirti anch’io
e in assenza di te
il vuoto è dentro me

Grido il bisogno di te
perché non c’è più vita in me
Vivo in assenza, in assenza di te


... do teu corpo ...


Saudades trago comigo
Do teu corpo e nada mais
Pois a lei por que me sigo
Não tem pecados mortais...

Talvez tu queiras saber
Porque em vida já estou morto
São apenas, podes crer,
As saudades do teu corpo...

E tu que sentes por mim
Desde essa noite perdida
Sentes esse frio em ti
Que eu sinto na minha vida ?

Eu sei que o teu corpo
Há-de sentir a falta do meu
Por isso eu tenho a saudade
Que o meu corpo tem do teu


Saudades Trago Comigo
Camané
Composição: António Calém

... Make Believe...

Sat beside the meadow
Watching weeds agrow
Cleaned up all the ashes
Of my soul

Wrote down my own sentence
Now you take your way
Fades the last remembrance
Of your lovely pretty face

I, after all,
Just a lonely man - a lonely heart!

Working on the future
Floating on fate
Faced the circunstances
Cleared up the shades,

so... Make believe
There's no sorrow in your eyes
Can't you see
We could never get back from the start
Minutes waiting, life's been wasted...
maybe I wanna die some other day...

Hear the whispers of your hope
The answer wasn't told
No, don't laugh seeing me cry
The end I've left behind
(... the whispers of your hope are left behind!)

Make believe
There's no sorrow in your eyes
Can't you see
We could never get back from the start
Minutes waiting, life's been wasted

And I've tried,
Maybe you deny
Words of peace
For the future of our lives
Bring to me
Something else than a broken heart
I won't wait 'till my life is wasted...
maybe I wanna die some other day


Rafael Bettencourt
e Andre Matos

...é difícil...


Hoje acordei e senti-me sozinho
Um barco sem vela
Um corpo sem linho.

Amanheci e vesti-me de preto,
Um gesto cansado
O olhar no deserto.

Quando todos vão dormir é mais fácil desistir.
Quando a noite está a chegar
É difícil não chorar.

Eu não quero ser a luz que já não sou,
Não quero ser primeiro
Sou o tempo que acabou.

Eu não quero ser as lágrimas que vês,
Não quero ser primeiro
Sou um barco nas marés.

Adormeci sem te ter a meu lado,
Um corpo sem alma
Guitarra sem fado.

Um sonho na noite e olhei-me ao espelho,
Umas mãos de criança
Num rosto de velho.

Quando todos vão dormir é mais fácil desistir,
Quando a noite está a chegar
É difícil não chorar."


Pedro Abrunhosa

09/12/2008

...Leva-me...


Vês amor… como é tão triste o silêncio…?!
Sentes tu… como dói não te ter?!

Tudo desaba ao meu redor, de mansinho sem barulho…
e eu quieta, com mais medo que vontade de ficar…

Se eu der um ai, se eu der um passo...
Tudo se vai e, eu esqueço…

Deixa-me estar...
Não me posso mexer...
Não quero ainda acabar...
Não me forces a desistir...
A perder... a morrer …!!!

Deixa-me estar...
Não sei mais que dizer...
Não quero ainda o adeus...
Não me peças pra te sorrir ou acenar...
Venha um anjo e leve-me ... sem eu querer...!!!
...

Malu
Dezembro 2008

06/12/2008

...Pena...


Penosos são os tempos

Angustiante é a espera
Desassossegado o contentamento
dos corações separados quando se amam...

Castigos são as horas

Desesperante é a passagem
Devastado o pensamento
das almas prometidas quando se enganam...

Não há dor que pareça maior
a quem chora por amor,
e não pensa em nada mais...

Não há mal que pareça pior
a quem morre de saudade,
e não vive por nada mais...


Alcobaça, 6 de Dezembro de 2008
Malu

04/12/2008

...verdade...


Parece que não é possível…
Tanta água que cai do céu…
E o meu corpo seco…a minha mente encolhida
Sinto a minha força desmesurada, esgotada
Meu sangue apertado, num alvéolo raquítico

Parece que não me ouves…
Tanto amor que tenho em mim...
E o meu coração chora … nem pulsa nem pára
Sinto a minha coragem colossal, enclausurada
Meu sorriso estancado, num rio desaparecido

Parece que não me amas...
Tanta alegria que dás e tiras...
E os meus dias passam… nem são nem deixam de ser
Sinto a minha esperança desmedida, desenganada
Meu olhar esquecido, num gelo desumano

Parece que não tem fim...
Tanta promessa que sai de nós...
E os meus soluços emperram… nem lágrimas mais têm
Sinto a minha paridade genuína, confundida
Meu ar asfixiante, num cinzento remanso

Parece que não há luz...
Tanta alforria que me prende aqui...
E o meu ser aparta-se … nem pula nem cresce
Sinto a minha estrada infindável, interrompida
Meu viver perdido, numa verdade adiada...


Alcobaça, 4 de Dezembro de 2008
Malu

02/12/2008

...Não te digo...


Não te digo que sim

De cada vez que me perguntas, se te amo
De cada vez que me interrogas, se penso em ti
De cada vez que me questionas, das saudades de nós

Não te digo que sim

Quando espero por ti, cada segundo da minha vida
Quando sofro por te não ter, nem um minuto a meu lado
Quando choro por me lembrar de todos, e estarmos sós

Não te digo que sim

Nos momentos em que queria dizer, que não
Nos dias em que te sinto, nem perto nem longe
Nos desencontros em que te tenho, e que te perco

Não te digo que sim

A cada beijo que mandas, e não recebo
A cada toque que sonhas, e não acordo
A cada promessa que soltas, e não acredito

Não te digo que sim

Porque os meus olhos, se quiseres, mostram o que vivo
Porque o meu coração, se o escutares, grita sempre assim
Porque a minha alma, se a conheceres, fala por mim

Não te digo que sim

Se hoje, só tu sabes, o que eu não aguento mais
Se esse amor, se abafa, e sufoca aos nossos ais
Se a dor, continua a acompanhar-me a cada Não…!


Malu

28/11/2008

..100...

Mensagem número 100
Terá algum significado?!

Aqui tenho vindo nos últimos tempos deixar conversas comigo mesma, para que alguém possa escutar (todos um dia escutamos em algum acaso ou não, as conversas dos outros) aqui tenho mantido ou trocado segredos, pensamentos, leituras que me marcaram em certas passagens que sublinho para nunca esquecer… dos livros ou dos dias que escrevo conforme passo pela vida que me alberga de momento.

Serão lamentos, serão momentos, será o meu lado mágico a brincar com as palavras, as que me dão, e as que vos dou, enquanto ando por aqui, serão sonhos, ou tormentos.

Interpretem como acharem que seja, sem indiferença, sem julgamento leviano.
Tudo o que aqui venho deixar…faz parte de mim… Fragmentos de um diário inexistente, que partilho, sempre em busca do que me completa.

Elegi algumas “coelhices”, para esta mensagem nº 100
Porque também aqui sei que… não posso parar de sonhar… não vou deixar de escrever…obrigado a todos os que gostam de aqui estar.


Alcobaça, 28 de Novembro de 2008– Malu


“O homem nunca pode parar de sonhar.
O sonho é o alimento da alma, como a comida é o alimento do corpo.
Muitas vezes, em nossa existência, vemos nossos sonhos desfeitos e nossos desejos frustrados, mas é preciso continuar sonhando, senão nossa alma morre...

O Bom Combate é aquele que é travado porque o nosso coração pede…dentro de nós mesmos…é aquele que é travado em nome de nossos sonhos…Matamos nossos sonhos porque temos medo de combater o Bom Combate…

…O primeiro sintoma de que estamos matando nossos sonhos é a falta de tempo…
As pessoas mais ocupadas que conheci na minha vida sempre tinham tempo para tudo. As que nada faziam estavam sempre cansadas, não davam conta do pouco trabalho que precisavam realizar, e se queixavam constantemente que o dia era curto demais. Na verdade, elas tinham medo de combater o Bom Combate.

O segundo sintoma da morte de nossos sonhos é nossas certezas.
Porque não queremos olhar a vida como uma grande aventura a ser vivida, passamos a nos julgar sábios, justos e correctos no pouco que pedimos da existência. Olhamos para além das muralhas do nosso dia-a-dia e ouvimos o ruído de lanças que se quebram, o cheiro de suor e de pólvora, as grandes quedas e os olhares sedentos de conquista dos guerreiros. Mas nunca percebemos a alegria, a imensa Alegria que está no coração de quem está lutando, porque para estes não importa nem a vitória nem a derrota, importa apenas combater o Bom Combate.

Finalmente, o terceiro sintoma da morte de nossos sonhos é a Paz.
A vida passa a ser uma tarde de Domingo, sem nos pedir grandes coisas, e sem exigir mais do que queremos dar. Achamos então que estamos maduros, deixamos de lado as fantasias da infância, e conseguimos nossa realização pessoal e profissional. Ficamos surpresos quando alguém de nossa idade diz que quer ainda isto ou aquilo da vida. Mas na verdade, no íntimo de nosso coração, sabemos que o que aconteceu foi que renunciamos à luta por nossos sonhos, a combater o Bom Combate…

…Quando renunciamos aos nossos sonhos e encontramos a paz …temos um pequeno período de tranquilidade. Mas os sonhos mortos começam a apodrecer dentro de nós, e infestar todo o ambiente em que vivemos. Começamos a nos tornar cruéis com aqueles que nos cercam, e finalmente passamos a dirigir esta crueldade contra nós mesmos. Surgem as doenças e as psicoses. O que queríamos evitar no combate – a decepção e a derrota – passa a ser o único legado de nossa covardia. E um belo dia, os sonhos mortos e apodrecidos tornam o ar difícil de respirar e passamos a desejar a morte, a morte que nos livrasse de nossas certezas, de nossas ocupações, e daquela terrível paz das tardes de domingo…

...Já aprendeu a aceitar as aventuras e os desafios da vida, mas continua querendo negar o extraordinário… todos os dias: vemos sempre o melhor caminho a seguir, mas só andamos pelo caminho que estamos acostumados…

A única maneira de salvarmos nossos sonhos, é sendo generosos connosco mesmos. Qualquer tentativa de auto punição – por mais subtil que seja, deve ser tratada com rigor. Para saber quando estamos sendo cruéis connosco mesmos, temos que transformar em dor física qualquer tentativa de dor espiritual: como culpa, remorso, indecisão, covardia.
Transformando uma dor espiritual em dor física, saberemos o mal que ela pode nos causar.”

Petrus – O Diário de Um Mago

“…existe uma pergunta que todos nós devemos fazer, sempre que começamos qualquer coisa. A pergunta é a seguinte: “Para quê? Para que tenho que fazer isto?”
– Porque a gente sempre destrói aquilo que ama … A gente sempre destrói aquilo que mais ama em campo aberto, ou numa emboscada; alguns com a leveza do carinho outros com a dureza da palavra; os covardes destroem com um beijo, os valentes, destroem com a espada….
– Então é para isso … Para quebrar a maldição…
– Pelo amor. Pela vitória. E pela Glória de Deus – respondeu...”

Diálogo entre J e Paulo PRÓLOGO de AS VALKÍRIAS


“O caminho da Magia é o caminho das pessoas comuns.
Um homem pode ter um mestre, seguir uma Tradição esotérica, possuir disciplina necessária para realizar rituais; mas a Busca Espiritual é feita de constantes começos (daí a palavra “Iniciado”, aquele que está sempre iniciando algo), e a única coisa que conta – sempre – é a vontade de seguir adiante.”

Paulo Coelho sobre As Valkírias


em http//: www.paulocoelho.com

...que o mundo saiba...

Que alguém grite o que eu sinto, para que o mundo o saiba.
Que alguém me leia, como um livro,
que me saibam ver, e estudar.
Decorem o meu rosto, cada linha, o meu corpo,
cada traço o meu ser ...devagar.
Que alguém me grite,
grite esta angústia de não poder dizer.
Que alguém fale, fale deste meu mar
E segrede baixinho, dos meus lábios aos teus
esta vontade imensa de te amar.

by midnight

27/11/2008

...sugiro...

Sugiro-te que vás ao meu amargo coração
E decifres a raiz das palavras galopantes que doem como razão.
Guarda sem vãs resistências todas as sensações, apegos, desvios,
Presencia os latejos descompassados,
Apura estritamente o que te agride,
Prega numa tábua todas as letras,
Conta todas as inúmeras gotas,
Dessas lágrimas ciclónicas, desse sangue
Que detém todos os surtos cativos do meu sopro.

Sugiro-te que vás ao meu esvaziado âmago
E beijes todas as penas que encontrares.
Marca todas as paragens em que te vejas,
Todas as passagens onde não estejas
Cura em mim as tuas mágoas, meus e teus tormentos,
Bane a vida libertina desses fantasmas
Ilumina se quiseres todos os anjos
Lacra todos os medos dessa criatura
Que erra em todas as horas do meu existir

Sugiro-te que vás ao meu epicentro
E desemaranhes onde mora a minha esperança
Estanca a minha terra de toda a agonia diluviana que me mata,
Que a hospedes em ti, e trates bem dela,
Que a faças forte, e ma devolvas...
Sugiro-te que vás, que eu não consigo,
Desaprendi todos os caminhos, perdi todas as cábulas...
Sugiro-te ainda que me leves contigo lá aonde…
Que eu, com ou sem ti, não sei mais ir.


Malu
Alcobaça
27 de Novembro de 2008

...medo...


"Mas há a vida que é para ser intensamente vivida,
há o amor. Que tem que ser vivido até a última gota.
Sem nenhum medo.
Não mata."

Clarice Lispector

26/11/2008

...refém...


Esquecer-me o pensamento era-me o bastante

Não me apetece pedir-me nada,
Não pretendo torturar-me hoje
Rebentaram as forças do meu sangue
Que já não alimenta alegremente o meu corpo
Não me inquieta a rebeldia de outrora
Que já não aquece nem faz pulsar meu coração


Meus olhos baços fechados, era-me o bastante

Não me já dói sequer cansá-los mais
Não sei mais procurar-te hoje
Esgotaram os lugares vagos onde te escondes
Onde não posso andar a teu lado
Não entendo como me manténs refém
Onde em cruel liberdade me aprisionas


Ter-te comigo ao acordar era-me o bastante

Não me digas que o não podes hoje
Não me digas que o não sabes quando
Dilaceras o meu ser, a minha alma
Que já te não têm, e têm sempre em mim
Não me é mais nem menos, essa dor
Que já te não vê, e te sente assim …
Malu
Alcobaça, 26 Novembro 2008

...querer animal...

"Quem és tu, donde vens, adorável pantera,
Mistura de anjo, de gata, de fera,
Que mistério é esse que me enfeitiça?
Enquanto teu corpo me aceita carente,
Me derreto em prazeres, deliciosamente,
No incêndio que esta fagulha atiça."

Piero Valmart

...ferve...


… esta saudade ferve...
enquanto os nossos corpos gelam de tão longe...

...se soubesses como eu te amo,
não precisarias de pedir-me
para te amar, como tu me amas...

22/11/2008

...grito...

Estou num enorme silêncio,
Tudo à minha volta é silêncio
Estou só,
As coisas que me rodeiam são silêncio,
Tudo está parado no devido lugar.
Silêncio, Silêncio, Silêncio…
Até que me farto e…
Grito: AMO-TE!!!
Estou farta deste silêncio,
Preciso de te dizer que te amo.
Tenho necessidade de o gritar
Grito o amor que sinto por ti,
Cada vez mais alto,
Na esperança de me ouvires.
Estejas onde estiveres
Com quem quer que seja.
Vais-me ouvir!?
E vais ficar em silêncio,
Ou apenas
dizes que também me amas?

By: Ana Rendeiro

18/11/2008

...Vivo, vivíssima...

Intento ser, à minha maneira, um estóico prático, mas a indiferença como condição de felicidade nunca teve lugar na minha vida, e se é certo que procuro obstinadamente o sossego do espírito, certo é também que não me libertei nem pretendo libertar-me das paixões. Trato de habituar-me sem excessivo dramatismo à ideia de que o corpo não só é finível, como de certo modo é já, em cada momento, finito. Que importância tem isso, porém, se cada gesto, cada palavra, cada emoção são capazes de negar, também em cada momento, essa finitude? Em verdade, sinto-me vivo, vivíssimo, quando, por uma razão ou por outra, tenho de falar da morte…


Novembro 18, 2008 by José Saramago
Publicado em O Caderno de Saramago

14/11/2008

...doce...



... "dou-te um doce...

em troca de um beijo

salgado"... lá ra la la lai la



Manjar dos Deuses - venceu o 1º prémio da mostra dos doces conventuais,
este fim de semana em Alcobaça.

vê aqui...como foi...
http://www.tvfatima.com/portal/index.php?id=1479

Lá vamos nós, assim que der, manja-lo
à pastelaria Alcoa...no rossio...

Vens ?!

10/11/2008

...

Sei que tinha dito anteriormente que não abusaria aqui de imagens neste blog, meu refúgio capital... Mas também já o disse e sabem os que me reconhecem que, mudo constantemente, de estado, de sentir, de humor, de sorrir, de calar, de gritar, de chorar, de fingir...

Hoje doi tanto, que tive que vir aqui... E rendi-me à colocação de uma imagem que retiro da net, a tentar explicar-me, quando me faltam as palavras...

Dizem que uma...vale por mil... Entendes-me ? O meu coração, não aguenta mais!!!

06/11/2008

...silêncio da tua ausência ...


"Espero-te ...Todos os dias . Será a minha espera vã ?... Será sempre assim ?
Que mais posso pedir-te ? ... Poderei pedir ?... Deverei ? ...
Tu és aquele que eu devia ter tido medo de amar ...
Tu és aquele que amo sem medo .
Tu és aquele de quem eu devia ter fugido ...
Tu és aquele para quem mais quero ir .
Posso pedir-te inocentemente que acredites
no sonho , isso posso ...
Sinto-me só , meu amor .
A realidade levou-te já há alguns dias para longe de Nós .
Estou só ... Porque nestes dias tudo é mais pesado ,
tudo é mais verdade que Nós .
Estou triste ...
Que será de mim contigo ?
Que será de mim sem ti ?
Quantas questões ...
Sinto as minhas mãos demasiado vazias,
num vazio que não faz sentido .
Porque nos amamos tanto,
porque nos queremos não para
hoje ou amanhã, mas para sempre .
Só queria adormecer nos teus braços hoje .
Só queria acordar neles amanhã .
Ver-te sorrir nesse sorriso transparente que tens.
Queria encontrar-me nos teus olhos todas as manhãs ,
na certeza serena e doce de que me pertences, de que te pertenço .
É tão fácil amar-te mais todos os dias .
Tu és feito de doçura , generosidade , bondade , beleza.
Foi tão fácil sonhar-te . Deixar que sonhasses comigo ...
Mas é tão dificil não pensar, não questionar,
não me sentir só, perdida sem ti .
E sei que a tua voz busca a minha
todos os dias ,
mesmo na distância .
Dás-me o que podes, roubando à tua vida momentos para Nós .
Mas nada chega para apagar esta ausência ...
este silêncio da tua ausência ... "


Publicada por paula em http://www.silenciodatuaausencia.blogspot.com/

(De mim pra ti...sempre senti nosso, este pensamento meu amor)

05/11/2008

...A Àmon...

Único é o oculto que permanece velado para os deuses, sem que a sua verdadeira forma seja conhecida.
Nenhum deles conhece a sua verdadeira natureza que não é revelada em nenhum escrito. Ninguém o pode descrever, é demasiado vasto para ser apreendido, demasiado misterioso para ser conhecido.
Quem pronunciasse o seu nome secreto seria fulminado...


Hino a Ámon , Mitologia Egípcia

04/11/2008

... não direi adeus ...


Ontem escrevi uma carta...

Uma carta de despedida, como que de despedida, de uma segunda casa que tenho, de um lugar onde até há alguns tempos atrás me sentia sempre bem, de um refúgio que até mesmo onde já não me sinto bem, o continua a ser...

Não tenho vindo aqui...

Tenho vagueado por outors blogs, onde me passeio e me encanto, e vou descobrindo que, tal como eu, há gente que consome as palavras e a escrita e a simplicidade dos sentires como alimento para a alma, como escape do quotidiano e como bálsamo para a dor, dos desencontros amorosos por que passamos todos.
Tenho andado perdida, o que não será novidade, mas distânte mesmo de mim, com muito trabalho, escalado ou voluntário, e com o coração preso, e apertado, do medo que é ter uma mãe doente, à espera de uma cirurgia delicada, a um tumor na cabeça...violento sim, mas cá se vai indo... e mais, essa "operação" foi adiada... será mais um mês de ansia que aproveito como nunca...

Sempre que temos medo ou certezas intimas de que vamos perder algo ou alguém, é quando lhe damos mais atenção, mais valor, mais tempo, do nosso tão precioso e disperso tempo, por coisas e pensamentos e divagações tão mais fúteis ou menos importantes do que a do momento em que chegamos a essa conclusão, de que estamos a perder alguém que amamos...

É esse sentimento que me veste, nestes ultimos tempos, de perda, de dura perda, e de revolta.

É voltando a ler a carta que escrevi ontem, e voltando a chorar com ela, que me recuso a clicar no "enviar"...

Não... não direi adeus a essa casa, porque também é minha... já fui embora de muitos corações, de muitos lugares de muitos projectos deixados a meio, por me fazerem mal durante o caminho antes do fim, e me acobardar, e desistir de lutar, pra lá chegar.

Não direi adeus..
Não hoje, não agora...
Não mereço tanta despedida ao mesmo tempo...

Engulo a ferida que abriu, e mais uma vez tento sarar, com o remédio santo que é, olhar prá frente... e levantar a crista e continuar a marchar... pisando toda a porcaria que está a nossos pés, e onde se estavamos a deixar afundar...

Como será viver sem a rádio? Sem a minha rádio? pensei eu esta noite...

E entre olhar pra trás, e ver tudo o que já passei ali, naquele mesmo lugar, com aquelas mesmas pessoas de há quase 20 anos a esta parte, coisas más e coisas boas, e ultimamente mais más que boas, que me fizeram mais uma vez pensar em abandonar... e, em vez disso, olhar pra frente e me imaginar, sem esse bichinho dentro de mim a vibrar, o de comunicar, esquecendo tudo o resto, e vivendo a rádio, só pra mim, e me lixar pró que acontece atrás dos microfones, em off... preferi o segundo cenário...decidi...
Vou ficar... ferida, de asa murcha, mas pronta pra voltar a arrebitar.

Que se lixem, todos os que me querem ver pelas costas, também aqui...
Posso chorar, posso barafustar, posso vacilar... quase posso quebrar...
Mas não direi adeus, não hoje, não agora...
Guardo em rascunho, para me lembrar e me engordar, já que tudo o que não nos mata torna-nos mais fortes.

15/10/2008

...Tasquinhas...

As novas tasquinhas….sem tasquinhas.
A tradição afinal, nem nos mais “tradicionais” eventos da cidade, já não é mesmo o que era…!!!

“Casa de pasto ordinária.” É o significado definido no dicionário de língua portuguesa para a

palavra “Tasca”, não ordinária no sentido de “rasca”, interpreto eu, mas no sentido de comum, ou corriqueira.
Isto, nos tempos em que as tradições ainda eram o que eram…Quem nunca foi ouvir o fado e comer um bom caldo verde e uma bela duma chouriça assada a uma boa Tasca, sem sair de lá, menos de bem, ou mais mal alimentado, tanto culturalmente como gastronomicamente falando…?!

As Tasquinhas dos passados seriam um conjunto de barraquinhas de pasto ordinárias, que funcionavam por altura dos santos nos locais disponibilizados por freguesias e autarquias, no nosso caso no Merco, antros em que se saciavam as delícias dos visitantes desse mesmo espaço, onde pelo meio das compras dos frutos secos e outros para o dia do Pão por Deus e outros, e perante a animação cultural típica, se apreciava a arte de bem cozinhar em Portugal, e mais propriamente em Alcobaça, e em cada uma das freguesias com petiscos e doces em alguns casos genuínos e incomparáveis, e que deveriam considerar-se património imperecível.
Tasquinhas que estavam ali, a fim de proporcionar o maior prazer a quem come, o que de melhor e tradicional temos na nossa terra, trazendo à feira os pratos típicos e petiscos e valorizando a arte de comer bem e de apreciar os bons acepipes, acompanhados da prova da água pé nova, e de um bom punhado de amigos, e ladeados de animação cultural à medida da boa “tasca”…com direito a folclore e tudo, e onde se entrava de borla, para degustar e confraternizar, e se saia satisfeito com vontade de voltar.

Mais tarde, as nossas tasquinhas, passaram a ser de entrada simbolicamente paga, para evitar a concentração de grupos não resistentes ao abuso e não só prova da água-pé, e imunes aos horários e ás regras do bem saber estar entre os demais. Nessa altura, e logo ai, a maioria dos afluentes ás ditas tasquinhas protestavam, e sentiam-se cobrados de um direito anteriormente adquirido. Mas entenda-se que a inovação da entrada, veio para impor um certo calibre, e um certo bom-tom, que era exigível.

Este ano, a novidade cai que nem um balde de água fria no meio do povo, aquele que consome as tasquinhas e as vive na sua verdadeira essência, que é agora abandonada.

A feira de S. Simão, deixou de lado este ano as tradicionais tasquinhas, excluindo da festa as colectividades do concelho, que não acredito que não estivessem ou não se mostrassem interessadas. Com o decorrer dos anos, foram impostas a essas mesmas colectividades que traziam à feira o bom do petisco que não faz mal a ninguém ou aquele docinho de cunho pessoal das nossas e nossos excelentes cozinheiras (os) por ai distribuídas (os) por esses lugares de excelência suprema dos sabores, que agora são desvalorizados, em vez de enobrecidos… e esses tesouros perdem-se, assim como o perfume das tasquinhas de outrora.
Anunciam-se “Pratos requintados, comida gourmet e produtos da terra”... Como “a proposta que a Autarquia apresenta para o novo conceito da Feira de São Simão”... E …”considerando os novos padrões de consumo, o Município assume o desafio de apostar num novo formato, e traz à Feira sugestões alimentares para um estilo de vida saudável e ecologicamente consciente.

Tudo bem! Que se considerem os novos padrões, mas que não se descurem os anteriormente existentes, tradicionais e bastante válidos. Onde vai estar o petisco, a iguaria, o pecado que é permissível em altura de festa?

Onde é que, pára a coerência, e o bom senso?
Onde é que daqui a mais uns dias, levar o povo a encher-se de doces e mais doces, se bem que conventuais e merecedores do nosso destaque, é promover uma alimentação ou um estilo de vida saudável?

O restaurante “vegetariano” pode entrar nas tasquinhas e na feira que era do povo, mas as colectividades saíram e as tasquinhas também?!
Onde é que isto é bom, para o nosso património gastronómico?!
Tudo bem que se sigam as tendências do novo conceito de nutrição humana, tudo bem que se promovam outros negócios agora na “moda” e bem-vindos como os produtos gourmet, os protegidos os biológicos, mas não se diga que se acaba com as tasquinhas, para promover os “Produtos Tradicionais e de qualidade”; esses e a sua confecção com mãos e tachos e frigideiras “da casa”, estão a ser postos de lado.

“Assegurar a visibilidade dos fabricantes e de produtos”, “promover recursos de forma a gerar crescimento económico e impulsionar o desenvolvimento local” tudo isso era possível, mantendo as tasquinhas…. Mas optaram por apagá-las do prospecto e excluir as colectividades do nosso mapa de boas paragens por Alcobaça durante o ano.

Este é um novo desafio que em tudo o que inova é de aplaudir, na minha opinião, e sei que não esquece os já habituais frutos secos, a animação que vai estar a cargo de várias actividades embora não conte com a presença de nenhum rancho ou grupo folclórico ou banda do concelho, como também já aferi no programa. Mantém até o artesanato e ainda a presença de restaurantes durante o certame.
Mas, na nova feira de S. Simão, não havia necessidade, de remover as tasquinhas! Isso não…!!! Mesmo tendo muitos pontos a somar, e desejo as maiores felicidades ao certame, este ponto marca pela negativa, esta nova roupagem!

Sei que vou visitar a feira de S. Simão este ano, e mesmo antes de entrar vou sentir falta dessa excelência de tasquinhas que as colectividades nos proporcionavam, uma vez que já se anuncia que, não estarão lá…
Mas é esta ausência, a prova maior de que estavam presentes, e que ali, era o lugar delas.

Não julgo severamente, porque em algum passo à frente sei que serei eu julgada com a mesma severidade, apenas acho que se é verdade que não de pode agradar a gregos e troianos, e apesar de concordar que temos que a pouco e pouco mudar, tentar educar e inovar, não devemos nunca esquecer ou ter vergonha das nossas origens…
E, o povo de Alcobaça é um povo de “bom garfo”.
Que o comprovassem até hoje, as tasquinhas...

03/10/2008

... enterra-me ...

A minha vida acabou ali. Naquele instante em que te me negaste e mais a tudo o que me poderia prender a ti. Tu não estavas lá... mas se visses, nem acreditarias...ou saberias que finalmente venceras desde quando disseras que eu não teria coragem... de ir até ao fim... Mas qual fim? Deveria eu ter coragem de mergulhar na alegria de um amor que não queres que exista, porque não podes ser meu ainda, porque não inteiro estás em mim, mas só nos meus sonhos...mas não tenho. Preferia que tivesses tu, a coragem e o orgulho de me amar.
Não é que eu tenha um mau perder, mas, é que...era bom demais para terminar. Toda a vida não chegava, pra te amar assim como eu te amo, e como não chega, nunca chegará... Um dia, já tinha avisado...eu cairia sim... quando me faltassem as tuas asas. Não era ainda esperado esse dia, mas de tanto esperar por outro dia, noutros dias em que me negaste o que num dia poderia bastar pra durar mais outro dia, e outro dia, um dia desses chegar ao fim... de tanto querer e não ter (não esse dia, mas o pouco a pouco em cada dia que me levaria a esse fim, enquanto esperava por esse dia) chegou entretanto sem avisar, o dia em que caí...
Esse dia foi hoje...é já de noite, e não tem luar...

Tenho em mente um ser extraordinário que conheci, que apesar de não acreditar em Deus, me pediu para ter fé, no amor... Que ironia...! Depois disse-me que não tinha o direito de me pedir pra esperar, por quem sabe ...um dia... Sim...desisti...!!! Morri... no meio da nossa dor.
E olha que esta não foi mais uma historia ... Não aconteceu... Não tem o dia a seguir, pra se contar Não foi uma página, não foi um romance inacabado... Nem sei se foi... ou se chegou a ser... Morri eu, sabendo que nem é meu nem morreu aquele amor que não deixaste viver...!!!
Agora, Dai-me tempo Amor para chorar... para esquecer, e quem sabe um dia...ressuscitar !


3 de Outubro de 2008
o dia em que não mais te digo adeus

02/10/2008

...lembro-me...

"... sim lembro-me do teu cheiro
da tua pele
do teu sorriso
dos nossos carinhos
dos momentos que passamos juntos
das longas conversas
dos abraços
dos olhares
e das lagrimas também!
nada de ti eu me
esqueço meu Amor..."


como se gravado em mim
obrigado por existires

22/09/2008

...indisposição...

Gera-me uma certa indisposição,
não saber exactamente onde estou...

desde que inventaram os mapas urbanos
onde se assinala um centro num pequenino círculo
onde se identifica o lugar e o "você está aqui"
que me sinto desorientada
completamente perdida nesta selva

Onde fica a tua rua meu amor?!
Indicas-me o caminho?

Fico fraca de esperar que o vento me leve ou que os trilhos se notem
para que possa perseguir um qualquer rasto
não há guias generosos e não passam transportes públicos
não há sequer luz, neste beco onde me deixaste

Vou estancar aqui
não consigo mais chorar
meu corpo já não me obedece
minha alma não me pertence
meu coração não me escuta
só bate...
apaga-se...e bate...
e já nada mais me importa

Não sei
exactamente onde estou
e isso,
gera-me uma certa indisposição...!!!



Setembro 2008
Alcobaça
Malu

21/09/2008

...pesadelo...

Poderei desculpar esse ruído
que me ensurdece e leva o sono
quando uma hora qualquer me calar
esse grito que emana inconformidade
numa marcha feroz
que jamais me deixa acordar

Poderei até beijar-te de manhã
esquecida de tanta volta
nesses lençois que já nem sei se rasguei ou remendei
de tanto brigar comigo
no terror dessa velocidade
com que fugia de mim essa minha voz

Gritei tão mudamente e demorada
que poderei não ter ouvido...não vi nada
Ceguei o pavor de medo...

Sei que desatarei todos esses nós que me amarram
Só não sei quando o poderei finalmente...
Só serei livre dessa dor quando abrir os olhos
e tu esiveres aqui !

O amor é um pesadelo?! Não... não o deixes ser:
Não quero mais dormir,

não quero mais despertar
sem ti ...!


17 Set 2008

Malu

12/09/2008

...Nunca acredites...

Nunca acredites
Nestes meus esporos que só passam por ti
Nunca te levem ou te tragam

Minha alma é despojada
De sentimentos de qualquer espécie

Despeito tudo o que não consentes
Sei de tudo o que, ou não atinges
E não me presto a amortecer
Nada do que sou
Nada do que te fere…

Não são de mais ninguém,
Quase nem são minhas
As lesões de que padeço!

Nunca acredites
Que choro por ti…

Nem sequer por mim
Eu deito tréguas ao teu encanto
Ou alquebro o meu espírito,
mutuante, ausente…

Nesta vida…
nesta lida…
É por mim, que espero!!!



Marta Luis
12-Setembro-2008
Alcobaça

25/08/2008

... muda de vida ...

Muda de vida... ou muda de poema...

"Um poema não é uma coisa que se coloca sobre o teu dia como um condimento sobre o teu almoço. A vida de uma pessoa não tem material semelhante a nada que conheças. Existir é feito de peças impossíveis de copiar. E a poesia não entra nesse material único - a vida de uma pessoa - como o avião no ar ou o acidente do avião na terra dura. Um poema não é manso nem meigo, não é mau nem ilegal.Os homens não se medem pelos poemas que leram, mas talvez fosse melhor. O que é a fita métrica comparada com algo intenso? Há poemas que explicam trinta graus de uma vida e poemas que são um ofício de demolição completa: o edifício é trocado por outro, como se um edifício fosse uma camisa. Muda de vida ou, claro, muda de poema. "

Gonçalo M. Tavares, in 'A Perna Esquerda de Paris'

05/07/2008

...não estou...


não há
nem chuva
nem sol

não há
nem brilho
nem escuridão

não há
nem silêncio
nem confusão

desde que me esqueci
da luz
do riso
do sal
de mim


malu

13/06/2008

...amar não basta...

Aos que não casaram,
Aos que vão casar,
Aos que acabaram de casar,
Aos que pensam em se separar,
Aos que acabaram de se separar.
Aos que pensam em voltar...

Não existem vários tipos de amor, assim como não existem três tipos de saudades, quatro de ódio, seis espécies de inveja. O AMOR É ÚNICO, como qualquer sentimento, seja ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus. A diferença é que, como entre marido e mulher não há laços de sangue, A SEDUÇÃO tem que ser ininterrupta...

Por não haver nenhuma garantia de durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza, e de cobrança em cobrança, acabamos por sepultar uma relação que poderia
SER ETERNA

Casaram.
Te amo pra lá, te amo pra cá. Lindo, mas insustentável.
O sucesso de um casamento exige mais do que declarações românticas. Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito mais do que amor, e às vezes, nem necessita de um amor tão intenso. É preciso que haja, antes de mais nada, RESPEITO.
Agressões zero. Disposição para ouvir argumentos alheios. Alguma paciência...
Amor só, não basta.
Não pode haver competição. Nem comparações. Tem que ter jogo de cintura, para acatar regras que não foram previamente combinadas. Tem que haver BOM HUMOR para enfrentar imprevistos, acessos de carência, infantilidades. Tem que saber levar.
Amar só é pouco.
Tem que haver inteligência. Um cérebro programado para enfrentar tensões pré-menstruais, rejeições, demissões inesperadas,
contas para pagar. Tem que ter disciplina para educar filhos, dar exemplo, não gritar. Tem que ter um bom psiquiatra.
Não adianta, apenas, amar.
Entre casais que se unem , visando à longevidade do matrimônio, tem que haver um pouco de silêncio, amigos de infância, vida própria, um tempo pra cada
um. Tem que haver confiança. Certa camaradagem, às vezes fingir que não viu, fazer de conta que não escutou.
É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão.
E que amar "solamente", não basta.

Entre homens e mulheres que acham que O AMOR É SÓ POESIA, tem que haver discernimento, pé no chão, racionalidade. Tem que saber que o amor pode ser bom pode durar para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado. O amor é grande, mas não são dois. Tem que saber se aquele amor faz bem ou não, se não fizer bem, não é amor. É preciso convocar uma turma de sentimentos para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência. O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.

Um bom Amor aos que já têm!
Um bom encontro aos que procuram!
E felicidades a todos nós!

Artur da Távola