Um aconchego... Uma paragem
Era um tripé
Era uma rede... Um pedaço de vida
Era uma fé... Nesta maré
Nada mais é...
Volto à viagem... Sigo na estrada
Essa espuma branca... È quem me leva
Sou grão solto...
Uma espécie de areia... Bato na rocha
E volto atrás...
Em reboliço... Sem porto ou farol
Essa força impermeável
É quem me arrasta
É quem me enche
É quem me vaza...
Não sei mais boiar... Nem sei nadar
Estou afundável... Vou naufragar
Afundo de tudo...
Flutuo à deriva...
Dispo o desespero...
E só quando te vejo ... Carrego forças
Corres pra mim
Tenho-te comigo...
Despejo o meu corpo... Oiço que me chamas
Devolves-me a coragem
Volto a morder o isco...
Atraco nessa praia
E... Quando me pedes colo
Recomeço, a lutar...
Ao Rafa,
15 Maio 2008,
a mamã Malu
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