Tantas contendas, tremendamente fechadas
Tantos dias carregados de prosas amargas
Não me roubes a bravura de chegar ao fim
Quero paz, amor, quero atracar em ti
Tanto encalço e não declaras a sentença
Tanto juízo e mais esteios para deixar
O que é nosso, e resiste a cada aterrar
Tanta distância transmutada em medo
Tanto trânsito a palmilhar e achegar
Nesse nó que apega e preenche o sentir
Não escoro mais mutismos escusos
Feridas, do desmaio ao gesto agredido
Quero olhar para ti e ver o sol a entrar
Quero o amor que te sei no coração
Tamanho e tão demovido que arrefece a crença
Se a nossa ânsia é estacionarmos juntos
Tal que ambos dolorosamente almejamos
Revira do avesso o nosso cosmos e expira
Se estacares ao meu lado, é tão mais franco
Se me consentires do teu lado, é tão mais claro
Custa tanto sem ti, este caminho
Custa tanto ver-te abstrair da escuridão
Parece que a saudade mata
Custa tanto sem ti perdoar a dor
Custa tanto ver -te varrer a chama que queima
Parece que a vontade apartaMalu
Alcobaça 3 de Fevereiro de 2009
"... as reticências são os três primeiros passos do pensamento que continua por conta própria o seu caminho..." Quintana
03/02/2009
...vontade...
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