"... as reticências são os três primeiros passos do pensamento que continua por conta própria o seu caminho..." Quintana
28/02/2009
Disseste adeus...
...não posso...
27/02/2009
...incompletude...
"O Canto do Vento nos Ciprestes", de Maria do Rosário Pedreira, exibe um sujeito afundado na sua própria dor amorosa, arrastada por um clarão cortante, nocturno.
Uma publicação da Gótica
O "segredo" de O Canto do Vento nos Ciprestes, de Maria do Rosário Pedreira, é o obstáculo. O obstáculo, inerente a qualquer amor, está sempre presente nesta espécie de romance poético, com incidências que poder-se-iam considerar epistolares. O simbolismo da perda, da morte de uma paixão surge aqui como condenação tornada evidente pela exigência da escrita: "[...] o dia treme na linha/dos telhados, a vida hesita tanto, e pudesse eu morrer,/mas ouço-te a respirar no meu poema".
O realismo do verbo nestes poemas de tendência narrativa, descritiva, destas histórias que se sucedem ininterruptamente numa harmoniosa circularidade, reside no canto. Porque amar é cantar, o amor reside no canto, quem canta merece o amor, mesmo que ele possa vir a morrer.
Maria do Rosário Pedreira ousa penetrar na vertigem de uma paixão que conserva em si o sentimento, mesmo já sem o Outro, após ter passado pelo pressentimento da perda. Não é o amor uma frutuosa incompletude? O desejo dir-se-ia, por outro lado, uma nostalgia - do que fomos e do que ainda misteriosamente somos...
E a poetisa sente a morte chegar, e quer ir no lugar do amado. O poema traz, desse modo, em si o fundamento da comunidade, a da conservação do Tu no Eu, a realidade que não se adapta à ausência e se ajusta ao irredutível: "Não te demores - o sol anda a deitar-se sem pudor/em todos os telhados, e a luz esmorece, e o luto/da noite alonga a espera."
Estranhas paisagens que conduzem o leitor à "enfermidade da morte", revelada aqui como metáfora de uma extrema perda. O discurso poético, torrencial, sem ser retórico; sentimental, mas vigiado, exibe um sujeito afundado na sua própria dor arrastada por um clarão cortante, nocturno.
A catástrofe do amor invade este livro abissal. Roland Barthes fala mesmo em "pânicos", em algo que não continua, em situações sem regresso: "Projectei-me no Outro com uma força tal que, com a sua falta, já não posso deter-me, recuperar-me: estou perdido para sempre."
Esse luto atravessa também este Canto do Vento nos Ciprestes, com uma desmesurada fadiga na sua totalidade impossível, na diferença esboçada entre dois destinos. Na sua leve densidade, o livro da também autora de A Casa e o Cheiro dos Livros não se reduz a fáceis registos psicológicos. Fala do amor como espera, como nostalgia, revelando-nos que a paixão escapa-se da possibilidade.
Separados e unidos - não obstante o paradoxo -, assim, eternamente, estão este Eu e este Tu com a morte entre eles, porque o amor não suprime a morte, e a autora escreve-o. Todo o episódio amoroso neste livro reveste-se, assim, de um significado, conduzindo o leitor a uma história trágica, ordenada no seu caos. Persiste, no entanto, a sensação de que a plenitude existe e que a memória não deixará jamais de a fazer regressar, porque o sentimento é afirmado enquanto valor: "Nunca te esqueci - é este um amor maior/que atravessa a vida e resiste à cicatriz do tempo."
Não há aqui lugar para um tempo do amor, o discurso é sempre o da sua memória. Não ficam nestas páginas o deslumbramento, a exaltação, a projecção de um futuro pleno. O Canto do Vento nos Ciprestes atravessa, sim, uma espécie de longo túnel premonitório no qual viajam a ameaça da morte e o tremor que modifica o "idílio", porque tudo se dilacera: "[...] Por isso, vou para casa/e aguardo os sonhos, pontuais como a noite."
Maria do Rosário Pedreira faz do "em ti" ponto de partida e chegada. "Amor, que a amado algum amar perdoa", escreve Dante, reconhecendo que esta é uma luta de morte. A poetisa sabe, por outro lado, que o amor dir-se-ia também angústia da perda.
Ana Marques Gastão in DN de 9-6-2001
...o que foi...
26/02/2009
...Aurora...
...relatividade...
Um Quociente apaixonou-se
Um dia
Doidamente
Por uma Incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável
E viu-a, do Ápice à Base...
Uma Figura Ímpar;
Olhos rombóides, boca trapezóide,
Corpo ortogonal, seios esferóides.
Fez da sua
Uma vida
Paralela à dela.
Até que se encontraram
No Infinito.
"Quem és tu?" indagou ele
Com ânsia radical.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Mas pode chamar-me Hipotenusa."
E de falarem descobriram que eram
O que, em aritmética, corresponde
A alma irmãs
Primos-entre-si.
E assim se amaram
Ao quadrado da velocidade da luz.
Numa sexta potenciação
Traçando
Ao sabor do momento
E da paixão
Rectas, curvas, círculos e linhas sinusoidais.
Escandalizaram os ortodoxos
das fórmulas euclidianas
E os exegetas do Universo Finito.
Romperam convenções newtonianase pitagóricas.
E, enfim, resolveram casar-se.
Constituir um lar.
Mais que um lar.
Uma Perpendicular.
Convidaram para padrinhos
O Poliedro e a Bissectriz.
E fizeram planos, equações ediagramas para o futuro
Sonhando com uma felicidadeIntegral
E diferencial.
E casaram-se
e tiveramuma secante e três cones
Muito engraçadinhos.
E foram felizes
Até àquele dia
Em que tudo, afinal,
se torna monotonia.
Foi então que surgiu
O Máximo Divisor Comum...
Frequentador de Círculos Concêntricos.
Viciosos.
Ofereceu-lhe, a ela,
Uma Grandeza Absoluta,
E reduziu-a a um Denominador Comum.
Ele, Quociente, percebeu
Que com ela não formava mais
Um Todo.Uma Unidade.
Era o Triângulo,
chamado amoroso.
E desse problema ela era a fracção
Mais ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a Relatividade.
E tudo que era espúrio passou a ser
Moralidade
Como aliás, em qualquer
Sociedade.
...Perfeito...
"Quise imaginar lo que sería mi vida, estando en este mundo, siendo un ser perfecto, sin tristezas, sin vacíos, sin necesidad de amar y sentirme amado, teniendo todo a la mano, para alcanzarlo sin el más mínimo esfuerzo, siendo poseedor de una imagen y figura perfecta ante los ojos de los demás; sintiendo el poder en mis manos... (después de todo eso es lo que anhelan y sueñan los seres humanos).
23/02/2009
...passagem...
...aceitar...
...faz de conta...
22/02/2009
...cansei...
diz-me através da escritas que sou a sua escolhida
salta fora amiga enquanto é o começo
...luz...
Desilude-me, o que não encontram...
Essa luz que fazias brilhar em mim
E que num sopro se foi
Quando viste luz noutros olhos...
Apagaste o que tinhas em mim
E nunca te iluminou
Nunca te guiou
Nunca te trouxe a mim ...
Então vai
E que a luz nunca te cegue
Como aos meus olhos fechou ...
21/02/2009
...parabéns...
por ele... também eu,
16/02/2009
...estarás?...
... Desliguei-me ...
Na presença e na ausência
De todos os sentimentos
Que me agitam
Que me estancam
Desprendi-me de mim
Desuni-me de ti
Estou outra vez ferida
Em côma profundo
De todas as dores
Que me abatem
Que me restauram
Imobilizei meu juízo
Congelei o meu saber
Estou outra vez separada
De todas as estrelas e mares
De toda as terras e ares
Que me corroem
Que me sepultam
Desordenei-me dos dias
Desdisse-me das noites
Estou outra vez inconsciente
Devastada pelo desalento
De todas as promessas
Que me recusas
Que me reivindicas
Desarmei-me do amor
Desliguei-me de ti...
malu,
Alcobaça,
16 de Fevereiro de 2009
15/02/2009
...desageitado...
Sei de alguém
Por demais envergonhado
Que por ser tão desajeitado
Nunca foi capaz de falar
Só que hoje
Viu o tempo que perdeu
Sabes esse alguém sou eu
E agora eu vou-te contar
Sabes lá
O que é que eu tenho passado
Estou sempre a fazer-te sinais
E tu não me tens ligado
E aqui estou eu
A ver o tempo a passar
A ver se chega o tempo
De haver tempo para te falar
Eu não sei
O que é que te hei-de dar
Nem te sei
Inventar frases bonitas
Mas aprendi uma ontem
Só que já me esqueci
Então olha gosto muito de ti
Podes crer
Que à noite o sono é ligeiro
Fico á espera o dia inteiro
Para poder desabafar
Mas como sempre
Chega a hora da verdade
E falta-me o á vontade
Acabo por me calar
Falta-me jeito
Ponho-me a escrever e rasgo
Cada vez a tremer mais
E ás vezes até me engasgo
Nada a fazer
É por isso que eu te conto
É tarde para não dizer
Digo como sei e pronto
Eu não sei
O que é que te hei-de dar
Nem te sei
Inventar frases bonitas
Mas aprendi uma ontem
Só que já me esqueci
Então olha gosto muito de ti
Quadrilha
para ver em
http://www.youtube.com/watch?v=geP88IEWvcE
só porque sim
e também porque é a tua preferida
mesmo antes de mim
...pegadas na areia...
Footprints in the sand
And helped me understand
Where I’m going
You walked with me
When I was all alone
With so much unknown
Along the way
Then I heard you say
I promise you
I’m always there
When your heart is filled with sorrow and despair
I’ll carry you
When you need a friend
You’ll find my footprints in the sand
I see my life
Flash across the sky
So many times have I
Been so afraid
And just when I
I thought I’d lost my way
You gave me strength to carry on
That’s when I heard you say
...
When I’m weary
I know you’ll be there
And I can feel you
When you say
Footprints In The Sand
Leona Lewis
para ver em
(obrigado amiga)
...loucura II...
A loucura ou insânia é segundo a psicologia é uma condição da mente humana caracterizada por pensamentos considerados "anormais" pela sociedade. É resultado de doença mental, quando não é classificada como a própria doença. A verdadeira constatação da insanidade mental de um indivíduo só pode ser feita por especialistas em psicopatologia.
Algumas visões sobre loucura defendem que o sujeito não está doente da mente, mas pode simplesmente ser uma maneira diferente de ser julgado pela sociedade.
(wikipédia)
...fanatismo...
...preconceito...
...cá dentro...
"Estou à espera do último pôr do sol, prefiro o silêncio a todas as palavras do mundo, não sei o que se passa mas não suporto a ferida que as tuas fugas me provocam..."
"O amor de que fugi existiu. Pode parecer-te, às vezes, pouco recordado, destruído pelo meu medo e pela sucessão dos dias..., indiferença, nunca terás. Vazio, solidão, lágrimas, abandono, posso agora compreender um pouco tudo aquilo que sentiste, mas se algum resto de amor permanece em ti, peço que me deixes voltar a não ter dor."
"...não andarei em busca da razão do teu suicídio, morreste porque já não aguentavas mais a pressão da vida, vais aparecer outra vez nos sonhos a ensinar-me a esconder, a fugir de dentro de mim e a encontrar alguém."
"...não aguentaste o peso da noite e te deixaste também invadir pelas sombras da madrugada, quiseste morrer sem doenças e sem explicar porquê..."
"... devem saber que ela viveu em mim mas partiu, não me quero perder no passado, não desejo que regresses nunca, preciso esquecer os teus olhos, e a tua boca, procurar o fim das palavras..."
"Se ainda me amas liberta-me,..., perdoa ter fugido, esclarece os meus pais que ao menos uma noite te fiz feliz."
"Não, não podia ter evitado a tua morte. Havia um inferno dentro de ti que me assustava, nunca o quiseste partilhar comigo, como era possível abraçar-te se sufocava, perigos, outro alguém que gostaria de ter amado e esqueci, desespero, escuridão, a imagem do teu corpo na escada interior da casa..."
"Quis guardar-te junto a tudo o que tenho cá dentro, bem perto do mais íntimo que possuo. Sei que não vou voltar a ouvir os teus passos de amor no silêncio da noite, a vida agora tão inquieta pesa nos meus ombros, estou cansado de chorar a raiva de teres partido, mas quero que saibas que não te esquecerei."
alguns excertos do livro "Tudo o que temos cá dentro" de Daniel Sampaio
“... é sobre o suicídio mas não só. É também sobre o amor ou a falta ou medo dele, sobre a família e a impossibilidade de comunicar, sobre a forma como as vivências de e com os nossos avós nos podem marcar a ferro e fogo, de como é vital ter sempre um amigo..."
...ausência...
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Ausência- Carlos Drumond Andrade
14/02/2009
...perfeição...
existe com uma precisão absoluta.
O que for do tamanho de uma cabeça de alfinete
não transborda nem uma fracção de milímetro
além do tamanho de uma cabeça de alfinete.
Tudo o que existe é de uma grande exactidão.
Pena é que a maior parte do que existe com essa exactidão
nos é tecnicamente invisível.
O bom é que a verdade chega a nós
como um sentido secreto das coisas.
Nós terminamos adivinhando, confusos, a perfeição.
Parceria Clarice Lispector e Antônio Damázio
13/02/2009
...Que(m) sou...
essa coisa é o que somos."
"Ensaio sobre a cegueira"
José Saramago
Eu não quero saber quem sou... Isso eu deixo para quem convive comigo... Não quem não me conhece pode descrever-me ou sentir como suas, ou para si, as minhas palavras... CHEGA!!! Não quero saber o que tenho que fazer para agradar aos outros... Apesar de tentar não desagradar ... não suporto quem diz que é isso que EU tenho que fazer...
Este é o meu espaço, onde eu deixo o que me apetece, e não traduz nada de mim, nem como sou, e nem o que sou...
Desfragmentados somos todos, por isso... apenas alguns fragmentos podem ser identificados mas, nunca... Nunca ninguém ouse dizer-se conhecedor de mim... Isso, nem eu me atrevo...!!!
Os outros que se toquem...!!!...
Malu, oui C`est moi
... não foi ...
E...
Ainda não foi desta!
Sem comentários...!
Algo vai mesmo mal, no sistema de saúde em Portugal.
A viagem foi de ida, e volta... e sem mais, continua tudo suspenso, inclusivé, toda a nossa fé, toda a nossa capacidade de perdoar ao sistema e de volta a acreditar, voltou tal como nós, à estaca zero...
E... foi mesmo.... fomos ali ao Porto, num instante, e já voltámos.
Contado ninguém acredita...por isso nem vou gastar o meu latim...
Guardo apenas deste dia, aquela frase que me disse alguém, que nos acompanhou e que ao inicio não queria mas ao fim já compreendia:
Vivemos num país que não existe...
E somos um povo de faz de conta...!!!
O pior, é que nem todas as historias, têm finais felizes...
11/02/2009
...Viagem...
É preciso caminhar sempre a crescer e experimentar todo o amor e a alegria que o Senhor preparou para cada um.
Mas, como em todas as viagens, a alegria e a paz descobrem-se, muitas vezes, precisamente no meio das tempestades da vida.
A presença de Jesus é como o farol que ilumina a noite e indica sempre a direcção certa a tomar."
in
Vai com Deus mamã...
Que se Ele está em todo o lado...eu irei contigo...!!!
(vamos ali até ao Porto...e já voltamos)
08/02/2009
...nuvens...
...O Tempo não existe...
Erika Focke in http://geekgirl.multiply.com/journal/item/5/5
...cuida de mim...
Sou a voz que você ouve quando pede um conselho, sou quem te toma nos braços quando necessita, talvez, agora, enquanto lê essas palavras, eu esteja aí, ao seu lado, olhando dentro dos seus olhos como quem quisesse enxergar o que teu coração demonstra.
Mais tarde... à noite, quando você se deita... sou quem nina seus sonhos sentado ao seu lado esperando você dormir... dizendo que tudo vai ficar bem.
Se ao menos você pudesse me perceber, se notasse o que sinto ao seu lado... basta você querer, basta por alguns instantes esquecer seus problemas, fechar os olhos, como se nada mais existisse, me deixe chegar perto de ti... te abraçando... sinta meu coração batendo ao compasso do teu... sinta que não está sozinha, nunca esteve!
Apenas esqueceste de olhar mais com os olhos do teu coração... então abra os olhos... veja os meus... me conheça.
Quem sou eu pra pedir para que me note?
Apenas um anjo que se deixa levar por suas emoções, que desconhece o que é errado... se entrega, se rende... vagando por estrelas, nuvens, pelo céu escuro da noite... olhando pelos outros, despertando amores, anseios, paz nas almas que fraquejam, sentado ali de cima olhando você... te observando... deixando, às vezes, uma lágrima cair e se fazer uma gota de sereno que te toca os lábios... lágrima essa por não poder nada mais que apenas te ver... sentir sem poder tocar.
Manifestando através de pequenas coisas, como um sorriso sincero nos lábios de alguém que você não conhece, o toque de uma criança a te fazer carinho, palavras escritas nas páginas de um livro que te chamam atenção, palavras que mexem e emocionam o coração ditas do nada, como um sussurro em seu ouvido... e se um dia uma brisa leve e suave tocar seu rosto, não tenha medo, é apenas minha saudade que te beija em silêncio.
Os humanos têm um hábito muito peculiar de julgar seus semelhantes por sua aparência, de rotular pessoas as quais nunca viram... apenas pelo modo como ela se apresenta... porém, consigo ver dentro de cada um o que realmente são... e me assusto algumas vezes em como podem os humanos deixar-se levarem por embalagens, por invólucros... deixam de terem muitas vezes ao seu lado verdadeiros tesouros, amizade sincera, lealdade, companheirismo... simplesmente por não terem gostado do rosto do indivíduo.
Imagine uma roseira cheia de espinhos, ninguém acreditaria que dela pudesse brotar uma rosa tão bela, sensível e delicada.
É do interior que nascem as flores. Pude conhecer seu interior... me deparei com uma flor linda... e com muitas qualidades. Se preserve assim... muitas vezes é melhor sermos o que realmente somos... a viver como as pessoas acham que deveríamos ser...
Não existe ninguém melhor, ou pior que ninguém... apenas diferentes umas das outras e essas diferenças são que mostram quem realmente você é.
Fico assim... dizendo as coisas que me aparecem dentro do peito, contando o que se passa em mim, como se estivesse desabafando... pois Deus nos fez para cuidar dos outros... e quem cuidará de nós?Continuarei aqui... meio que escondido, ao teu lado, te olhando, te sentindo... esperando para que um dia você deixe seu coração "olhar" e me ver... daí, enfim, poderia eu mostrar o quanto você é especial pra mim.
Um poema deixado no ar, palavras implorando para viver como uma estrela que o dia não vê e que espera a noite chegar para poder mostrar-se, a canção de amor que sai da sua boca... são as coisas que sempre sussurro ao seu coração, tento traduzir emoções que nunca senti antes, algo realmente novo pra mim, paz, atracção, paixão, amor, algo especial... sincero... verdadeiro...
Carta de Seth - Cidade dos Anjos
07/02/2009
... Ser ...
A difícil arte de Ser
"O que nos mata devagarinho por dentro
é não viver a loucura do momento,
é a angústia de não experimentar o fruto proibido,
é a melancolia da saudade de um beijo,
é o abismo da paixão impossível.
O que nos mata devagarinho por dentro
são os sonhos desfeitos no caminho da vida.
O que nos mata devagarinho por dentro
é o vazio provocado por um desejo apagado,
é a negação da vontade escondida num olhar,
é a impotência para agarrar a beleza perdida no tempo.
O que nos mata devagarinho por dentro
é a ausência da aventura de ser."
Mónika in http://www.palavrascriativas.blogspot.com/
06/02/2009
...telepatia...
"a capacidade de controlar qualquer função mental do cérebro,
ouvir pensamento de outras pessoas,
fazer varredura da memória de outras pessoas
e enviar reflexões espíritos directamente para outras..."
"Diferente da maioria dos outras ocorrências aparentemente sobrenaturais, a menção da telepatia é bastante comum em textos históricos.
Na Bíblia, por exemplo, alguns profetas são descritos como tendo a habilidade de ver o futuro (precognição), ou conhecer segredos íntimos das pessoas sem que as mesmas os tenham dito.
Na Índia também existem diversos textos falando sobre a telepatia como uma sidhi, adquirida pela prática do ioga etc.
Mas o conceito de receber e enviar mensagens entre pessoas parece ser algo relativamente moderno.
Neste conceito existe um emissor e um ou vários receptores."
http://www.youtube.com/watch?v=ScYapmh58dc
sim...
mesmo com tudo o resto, e toda esta distância,
sei que sabes de todos os meus segredos...
04/02/2009
...fim...
Neste infinito fim que nos alcançou
Guardo uma lágrima vinda do fundo
Guardo um sorriso virado para o mundo
Guardo um sonho que nunca chegouNa minha casa de paredes caídas
Penduro espelhos cor de prata
Guardo reflexos do canto que mata
Guardo uma arca de rimas perdidasNa praia deserta dos dias que passam
Falo ao mar de coisas que vi
Falo ao mar do que conheci...No mundo onde tudo parece estar certo
Guardo os defeitos que me atam ao chão
Guardo muralhas feitas de cartão
Guardo um olhar que parecia tão pertoPara o país do esquecer o nunca nascido
Levo a espada e a armadura de ferro
Levo o escudo e o cavalo negro
Levo-te a ti... levo-te a ti...levo-te a ti
para sempre comigo...
Na praia deserta dos dias que passam
Falo ao mar de coisas que vi
Falo ao mar do que nunca perdi.
Fim (Dias Que Passam) Toranja
...falta de ti...
Que fazer...
Que fazer...
...tudo...
Tenho Procurado tantas vezes
Um resto de amor que tive de ti
P'ra que o sofrimento de perder-te
Seja bem menor ... no fundo de mim
O melhor de nós dois ja procurei
Mas só recordacões encontrei
Levaste tudo o que me deste
Só a saudade aqui ficou, mais nada
Levaste tudo só esqueceste
Aqui esta dor, nada mais ficou...
Tenho procurado tantas vezes
Sinais de paixao que contigo vivi
P'ra quando a solidao mais me atormente
Eu tenha a ilusao que ainda estas aqui
O nosso sonho ja procurei
Mas só recordaçoes encontrei
(levaste tudo o que me deste - T. Carreira)
...na lama...
03/02/2009
...ás vezes penso...
...demais...
Leiga de tudo num cepticismo total
Preciso alentar o pulsar da vida
Quero um abraço forte que seja teu
Não consigo destilar tanta secura
Volto a ser aprendiz, recapitulo a matéria
Diz-me por favor outra vez que me adoras
Recorda-me por favor outra vez, o curso da cura
Desta enfermidade de tanto te querer
Desta fraqueza de tanto me amargurar
Estar longe de ti, sem saber quando perto
Estar aqui e agora, sem saber como ou quando
É demais até sempre
È demais até nunca mais
È demais... mais um adeus
Todo o amanhã será sempre longe demaisSe eu morresse amanhã, seria um lindo dia
e já seria , tarde demais…!
Malu , Alcobaça 3 de Fevereiro de 2009
...aurora...
Considerada uma obra-prima absoluta do cinema e um dos mais belos filmes alguma vez feitos, "Aurora" é um prodígio visual e narrativo que continua a entusiasmar espectadores e comunidade cinéfila ao fim de mais de oito décadas.
O filme-concerto agora proposto pretende, para além de transportar para o presente uma técnica comum aos primórdios do cinema, a interpretação ao vivo de uma banda sonora durante a exibição de filmes mudos, recuperar uma relação com o público sugerida pelos diversos ambientes e elementos sonoros que acompanham as emoções transmitidas pelas imagens, reavivando (tal como a história de amor do casal de personagens) o sentimento por esse verdadeiro programa de paixões que é o cinema.
François Truffaut chegou mesmo a elegê-lo como "o mais belo filme de todos os tempos".
TITULO ORIGINAL Sunrise
...Perseguição...
...me morro...
...não vale a pena...
Tudo aquilo, nada disso
Sobrou meu velho vício de sonhar
Pular de precipício em precipício
Ossos do ofício
Pagar pra ver o invisível
E depois enxergar
Que é uma pena
Mas você não vale a pena
Não vale uma fisgada dessa dor
Não cabe como rima de um poema
De tão pequeno
Mas vai e vem e envenena
E me condena ao rancor
De repente, cai o nível
E eu me sinto uma imbecil
Repetindo, repetindo, repetindo
Como num disco riscado
O velho texto batido
Dos amantes mal-amados
Dos amores mal-vividos
E o terror de ser deixada
Cutucando, relembrando, reabrindo
A mesma velha ferida
E é pra não ter recaída
Que não me deixo esquecer
Que é uma pena
Mas você não vale a pena
Não Vale A Pena
Maria Rita
Composição: J. E P. Garfunkel
...vontade...
Tantas contendas, tremendamente fechadas
Tantos dias carregados de prosas amargas
Não me roubes a bravura de chegar ao fim
Quero paz, amor, quero atracar em ti
Tanto encalço e não declaras a sentença
Tanto juízo e mais esteios para deixar
O que é nosso, e resiste a cada aterrar
Tanta distância transmutada em medo
Tanto trânsito a palmilhar e achegar
Nesse nó que apega e preenche o sentir
Não escoro mais mutismos escusos
Feridas, do desmaio ao gesto agredido
Quero olhar para ti e ver o sol a entrar
Quero o amor que te sei no coração
Tamanho e tão demovido que arrefece a crença
Se a nossa ânsia é estacionarmos juntos
Tal que ambos dolorosamente almejamos
Revira do avesso o nosso cosmos e expira
Se estacares ao meu lado, é tão mais franco
Se me consentires do teu lado, é tão mais claro
Custa tanto sem ti, este caminho
Custa tanto ver-te abstrair da escuridão
Parece que a saudade mata
Custa tanto sem ti perdoar a dor
Custa tanto ver -te varrer a chama que queima
Parece que a vontade apartaMalu
Alcobaça 3 de Fevereiro de 2009
02/02/2009
...há...
Há uma coisa
Que não se chama nada
Apenas vive e resiste
Dentro e fora de nós
Pode ser querença
Mas não se deixa sentir
Pode ser castigo
Mas não se deixa culpar
Pode-se contestar
Mas não se deixa acontecer
Pode se diminuir
Mas não se deixa crescer
Pode se conter
Mas não se deixa aliviar
Pode-se vociferar
Mas não se deixa entender
Pode-se apelidar do que quiseres
Mas não se deixa deslindar
Só não se pode fugir
Porque mais à frente no atalho
Ela vai nos seguirHá uma coisa
Que não se chama nada
Apenas vive e resiste
Dentro e fora de nós
Não a deixes repousar
Só a podes deixar ir
Não a deixes voar
Só a podes nutrir
Não a deixes bater
Só a podes conquistar
Só não se pode combater
Porque de cada vez que se esquiva
Ela vai nos desmentir
Há uma coisa
Que não se chama nada
Apenas vive e resiste
Dentro e fora de nós
Só tens que acreditar
E não deixar-me descrer
Malu, Alcobaça, 2 de Fevereiro de 2009