Sem saber como ou porquê
Sei que, tu e eu, nós existimos,
vivemos, ou tentamos sobreviver…
Cheiro uma flor
Uma frágil flor que sente sem responder,
que sofre sem reclamar…
Queria dizer que não o faço, de propósito
Que, não a tirei da fonte da vida por mal
Porque, nem sei, porque lhe arranco as pétalas
Sem dó, nem satisfação.
Apenas as destruo, porque sim
Porque sou homem,
Sou homem, e posso!
Hoje abraço e beijo
Amanhã largo e maltrato…
Sou homem
E por isso descolo, derrubo, desligo,
Sem dó nem satisfação…!
Agora desejo e amo
Depois repudio e enjoo,
Porque sou homem,
Sou homem, e posso!
E tanto faço e desfaço
Penso e repenso
Que agora,
Vejo que, já não desejo nem amo
Não faço nem desfaço
Não construo nem destruo
Não vivo nem sobrevivo
Apenas existo…!
Mas…existo sempre?!
Não.
Porque sou homem,...
Sou homem, e
…não posso!"
Este foi um poema que ouvi no programa Companheiros da Noite, na RLO, há já muitos anos, mesmo muitos anos atrás, (pelo menos 15) e gravava a emissão nessa altura, e gostei muito, pelo que o partilho...
Lembro-me que fora enviado para aquele programa (onde muitos ouvintes, tal como eu, colaboravam enviando o produto da sua veia poética), por um recluso que, estava detido à data...faz sentido... mas não me lembro do nome do autor...não gravei essa parte.
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