08/06/2009

... enfim...outra vez...


Ela não podia insinuar, nem pedir abraço, não podia tocar, muito menos reclamar. Ele não diria que estava ferido, até fingia que quase não doía, e ela fingia que quase não machucava. Não se diziam nada, fechavam os olhos e deitavam um sobre o outro e ouviam o barulho do vento, fingiam dormir para enfim sonharem.
E sonharam o mesmo sonho. Não tinha hematomas, sufoco, dor, aperto no peito, nem coração exposto, estava tudo bem, enfim, outra vez.

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