Vou fechar os olhos
e viajar contigo,
em rios e mares
ainda não navegados.
Vou voltar no tempo
e pensar um amor visceral,
poderoso,
que diga de sangue
e de flores.
Flores ensangüentadas
da paixão,
amor terrível,
que perfume o inferno
e peque no paraíso.
Um amor cavalheiresco,
para uma dama que arrisca
tudo, pelo momento maior,
sem dúvidas.
Se necessário, atravessar
os portais da morte,
sem medo,
unos,
para eternizar o indefinido,
pujante,
no amor e na dor,
sem reticências.
Até ao fim,
amor, amor, amor...
E, depois, quero morrer
bêbedo dessas lembranças,
que é melhor
do que nunca tê-las
vivido...
João Costa Filho
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