Sou estátua de limo
Em plena ilha no espaço
Deixo restos entre espinhos
Nesta insônia insólita
Insinuo-me entre juncos
Onde a luz é órbita do olho,
E o cheiro pergunta ao nariz
Se as paredes são lisas
Como carne e linho,
Para existir, repiso
-Sistere - ex -
Insisto nas entrelinhas
Volto raízes ao céu
E flutuo, em treva branca
Em mim, há um cosmo ínfimo,
Cidade quase caos aos trancos
Cidade quase caos aos trancos
Peço em silêncio, crestado ao relento
Úmido à beira-mar, mofada por um triz:
Ama-me a seco, íntimo, feito nômade do deserto
Depois, adormeco meu semblante
Feito morta, por horas, volto louca,
Outrem sob seu olhar, prometo brincar
Sem Sartre L'être nem Néant
Outrem sob seu olhar, prometo brincar
Sem Sartre L'être nem Néant
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