14/07/2009

Novo blog... Nova vida...

Confirmo que tenho uma nova morada
novo canto, onde se aloja o outro o o mesmo "eu"
ou simplesmente um novo blog
onde mais umas partes de mim se vão estilhaçando
amigos, inimigos, conhecidos, desconhecidos e outros
visitem http://www.marta-luis.blogspot.com/

`Ninguém gosta de estar sozinho por muito tempo!´

10/07/2009

entreguei-me e não me devolveram

Ninguém é dono da tua felicidade,
por isso não entregues a tua alegria,
a tua paz,
a tua vida nas mãos de ninguém,
absolutamente ninguém.

(Aristóteles)

Sei que aqui virás pelo menos uma vez, e saberás, porque nunca mais eu voltarei...

Porque foi essa a tua vontade, porque preferiste silênciar-me e dar as tuas palavras a outras pessoas que agora admiras, e continuar a dar a outras pessoas que já antes amavas...

Com o tempo e espaço que livremente arranjaste para os outros deixou de haver tempo e espaço forçado para mim aqui, de onde leváste tudo o que era teu e deitáste fora sem devolver uma única palavra...

Devolvo-te as lágrimas. As que dizes que alguma vez choraste, por sentir quem sabe saudade de mim, e encerro este blog...

Até depois da morte de tudo o que me fizeste sentir... até lá nada mais me chama aqui.

Depois de muitas reticências e ponderação "fecho a porta a onde não mais quero entrar" onde tudo o que me faz lembrar de ti me fere com a mentira que foste até hoje, e abro uma nova janela... porque depois de ti ainda sobra muito de mim...
Mas nunca mais aqui...nunca mais pra ti...

08/07/2009

Pus o meu sonho num navío

navío fantasma


Pus o meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar

Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre de meus dedos
colore as areias desertas.

O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo meu sonho,
dentro de um navio...

Chorarei quanto for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.

Depois, tudo estará perfeito;
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mãos quebradas.


Tu és "Catarina"

imagem do ciclone catarina

A estranha forma que tomam
as nossas atitudes,
quando não pensamos
ou achamos que pensámos tudo.

Esqueci-me que existe uma pessoa
e um coração que talvez não perdoe,
esqueci-me que gostava de ti como amiga
porque eras assim,
fria como um icebergue à deriva num oceano de gente,
meiga como uma pessoa carente,
eras previsível sem o saberes
mas eu gostava de tudo isso.

Mas depois de me enjaulares
e depois de me mentires
eu não conseguia estar contigo,
não porque te odiasse
nem porque quisesse estar longe de ti,
mas porque esperava que as minhas despedidas
te levassem à procura de algo
que te levassem a perceber o errado
que tudo isto estava.

Mesmo que errado,
mesmo que estúpido.

Não aconteceu,
em ti continuou a existir uma pessoa fria
de ti vieram exigências,
quiseste transformar algo
numa farça fútil, como não mais amigos,
mas como estranhos que só dizem “olá”,
mas um “olá” bonito,
como se essa fosse uma categoria
de pessoas que te preenchem
logo a seguir às pessoas a quem dizes um “olá” simples,
quiseste que todos pudessem apreciar
a nossa troca de vulgares “olás”.

- ‘Deixei de te procurar, depois de me “enjaulares”.’
- ‘Estás bem com isso?’
- ‘Estou.’
- ‘Eu também.’

E depois um adeus que ditou um inicio,
não se criou um ódio só que tu és Catarina.

E hoje só o destino nos encontra,
enquanto tu te mergulhas na podridão
dessas pessoas, perdão desses tristes,
que escolheste para te rodearem,
tal qual rainha que na ausência de um rei
escolhe, moribunda e cega, uma corte cheia de caprichos.

Flávio Pinheiro

07/07/2009

...Confirmo com pesar...


Há sensivelmente um ano atrás ou talvez um pouco mais que isso... deixei aqui um texto de Artur da Távola que subscrevo desde que o conheço e, isso é há bem mais tempo atrás... aliás, sempre foi um dos pensadores que me chamou a atenção em muitos aspectos, fases ou temas da vida... e neste tema, dos relacionamentos, sempre o considerei um mestre, apesar de que, confesso, não sou nada nada nada boa aluna...

E se há um ano o partilhei, foi porque achei que, poderia ajudar, na matéria em que só para os outros olhamos, e em nós nunca vimos defeitos, nessa matéria basicamente universal que é o amor entre duas pessoas e a fórmula para o vingar...

Dei-lhe o nome, a esse post: ...amar não basta... lembras-te?

Passado este tempo, o que também é irrelevante, porque o tempo não conta nesta matéria, onde ou se sente ou não se sente, ou se ama e está disposto a viver o amor, ou não se ama, e estamos indiferentes ao ficar sem esse amor, volto a reler o mesmo, não por activação da minha veia masoquista, mas porque se sempre insisti nisto, é porque, achava que valia a pena.

Hoje, confirmo com pesar que não valeu a pena, nenhuma das lágrimas, nenhuma das vezes em que tentei recuperar o irrecuperável, tentei forçar a existir o inexistente, tentei que, como hoje te disse as palavras me fizessem acordar do pesadelo de não estares aqui, para acreditar no sonho de um destes dias vires a estar...

E para mim, basta de me negares até as palavras, e de me tentares calar com os teus silêncios, basta de me dizeres que o que tivemos foi pouco, quando queria ouvir-te dizer que o que temos é tudo, basta de me dizeres que só te faço mal, quando não tentas nenhum bem me fazer...

"Amar não basta", e confirmo com pesar, que tudo o que tinha para te dar, não foi o bastante para ti... consequentemente tudo o que sentia por ti, não basta agora para te amar.

Se bem que quem manda é o coração e, não será hoje que eu possa dizer-te que deixei de te amar, nem num hoje que eu consiga imaginar, nem de longe nem de perto, só para não usar a palavra nunca.

Mas ambos sabemos, que não basta.

Era preciso que ambos, quiséssemos caminhar juntos, alimentar juntos, emocionar juntos, e seduzir juntos esse sentimento que dizíamos sentir um pelo outro... porque como disse Távola, ..."Tem que saber que o amor pode ser bom pode durar para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado. O amor é grande, mas não são dois. Tem que saber se aquele amor faz bem ou não, se não fizer bem, não é amor. É preciso convocar uma turma de sentimentos para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência. O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta."

E o meu amor, está esgotado de se sentir sozinho, não fisicamente se é que é preciso explicar-te, mas emocionalmente...

E não basta dizeres-me : "então está bem...basta!" para eu te perdoar não me teres amado o bastante, para preferires amar, com tudo o que o verdadeiro sentido da palavra implica...
Não basta dizeres-me que "lamentas muito" porque, lamentar não basta para apagar...nem o amor, nem a dor...
Não basta vires aqui ou até mesmo a outro qualquer lugar, dizer que não queres magoar-me mais, para o não fazeres...
Não basta dizeres: "então vive a tua vida", para eu viver...
Não basta afastares-te ou afastar-me, para sarar a ferida da ausência de nós em nós...

Era preciso que nunca mais (nem hoje nem em qualquer outro hoje a seguir que consigamos imaginar) estivéssemos separados. E mesmo assim, poderíamos dizer que não seria o bastante porque nada recupera os dias que tenho vivido sem mim ou os dias que tenho morrido sem ti.

Basta de estares longe de mim (não fisicamente se é que é preciso explicar-te - mas emocionalmente). Basta de me condenares, à distância, à estática e muda reacção e à indiferença, do que sinto e do que escrevo porque não me ouves...
Se o amor que te tenho não basta... então basta desse amor que não me tens...

Não basta querer amar-te, é preciso deixares-me sentir que me amas, mesmo quando não me deixas amar-te... Não basta que me ames, é preciso sentires que te amo, mesmo quando deixas morrer o nosso amor...

E só depois disso, se me disseres que basta,
é que te direi que mesmo assim, não basta meu amor!!!

...Princípios...


Podíamos saber um pouco mais
da morte.
Mas não seria isso que nos faria
ter vontade de morrer mais depressa.

Podíamos saber um pouco mais da vida.
Talvez não precisássemos de viver
tanto, quando só o que é preciso é saber
que temos de viver.

Podíamos saber um pouco mais do amor.
Mas não seria isso que nos faria deixar
de amar ao saber exactamente o que é o amor, ou
amar mais ainda ao descobrir que, mesmo assim, nada
sabemos do amor.

06/07/2009

...os sinos...

os sinos do mosteiro de alcobaça
de regresso após recuperação
imagem de 2004 no fotolog de jhricardo
Num domingo manso à hora mate do lanche venho a este bazar para decorar a nostalgia. Para te encontrar por acaso, no acaso onde ambos sabemos que nada acontece por acaso. E neste instante não penso em nada, penso em nós.
Choveu esta manhã e parece que se me lavou a memória. Mas não...
Tocam os sinos do mosteiro e, de cada vez que os ouço, é meio dia. É como se me beliscasses e me dissesses que afinal foste real. O tocar dos sinos materializa-se num vestigio mais da tua passagem pela minha vida, em que sempre recordo o início daquela tarde glaciar debaixo de um calor abrasador, pois tremo não sei se de frio ou pavor, sempre que me dizes adeus.
Como me custou que descolasses os teus lábios dos meus. Amarga-me engolir em seco a tua ausência, seca-me a boca e o sangue ao evocar o beijo perdido.
Também seria bom, se me aparecesses agora, com a saudade pronta a morrer numa mão, e o desejo que tenho de te ver na outra, e me puchasses para o teu abraço. Tanto como custa que não estejas aqui.

05/07/2009

...parede de papel...

Areal da Praia do Salgado, com Nazaré ao fundo (foto de alan1)

Encostada à parede de papel deste jardim suspenso entre a serra e o mar, sinto a areia quente pelos meus pés gelar-me a alma, o sol do ar queimar-me a presença que se faz parecer a ti, aqui a meu lado agora. Não sonho já. Não desespero. Alimento este cenário improvável de nós dois, e a minha sobrevivência de migalhas de doces memórias, e já morri de fome da realidade.
Estarei eu ainda viva, ou esse meu amor?
Tanto queria andar, seguir, sair deste lugar, que fiquei presa a esses caminhos por onde me levaste e já não sei ir, ou ficar, sem ser por aqui, encostada a uma parede de papel, que tento não deixar cair. Mesmo queimada do sol do esquecimento, tombada do vento das incertezas, encharcada do dilúvio da distância, continua aqui leve e solta como a paz quando estás comigo, firme e robusta como a inequívoca força do saber que te pertenço ou que me pertences.
Mas mesmo assim, foste para longe há tempo demais, e sem culpa! E pergunto-me: será que vais fazer todo esse trajecto de volta? Pelo menos tentaste vir ao meu encontro, tentarás? Lembras-te de quando em vez, ouves quando te chamo ? Provavelmente...
Envolta em um misto de raiva de não estares aqui e uma alegria sã de te saber sempre aqui, volto sempre a pensar em nós e em como nos amámos uma vez ou outra desafiando a lei dos descrentes, e deixo de ser uma pessoa vazia à beira do vazio, intercalando o cansaço de te esperar com a felicidade de te amar.

malu

04/07/2009

...O Verão sem ti...

Este Verão assim dá-me o tempo que não quero. Sobra-me em desperdícios de momentos que não vivo contigo, quando não estás.Tenho até tempo para ler, e comprar livros e, até já me deixei de ler na net (apenas) e, vou apanhar ar e, visito a feira e, compro apenas os livros que ao tocar me lembram de nós.

Assim aconteceu com este, que de uma só rajada li, esta tarde...custou-me 1€ e valeu a pena: Trata-se de um curto (115pags.) mas excelente romance de 1996, de nome "Haldred", de Patrick Besson que se passeia pela Festa de Mojeström e pelos combates, pelas orgias e os insólitos ancestrais desta tradição nórdica, e assim conta a história de um amor louco, que me comoveu, e me invejou... (engraçado que o casal amoroso se encontrou num restaurante português, de nome "pescador" naquele lugar, na Noruega)

Logo na contracapa, o primeiro parágrafo do primeiro capítulo prendeu-me, e agarrei-o logo ali pra trazer comigo...
"O Verão começou naquela tarde, depois de um quarto de hora de Primavera, aproximadamente. Perguntei a Erika se queria casar comigo. Respondeu-me que Haldred nunca lhe daria o divórcio."
Abri, e li o segundo parágrafo...
"Amava-a de uma forma desalmada mas não lhe podia querer mal, disse ela, pois tinha feito tudo para isso."
Bastou pra me convencer... e já tinha outros na mão, que ficaram pra trás, na lista de prioridades de leitura...

Estas passagens que te deixo, poderão dizer-te porquê, levei hoje menos de uma hora a lêr este livro, e volto a ler e a reler, enquanto não me apetecer passar ao próximo: "Amores que atam" que também escolhi por nós:
"-Um amor como o nosso diz Erika, tanto pode continuar como acabar. Que importa? O importante é que tenha existido. Se fossemos imortais desejaria que o nosso amor também o fosse, mas como não é o caso..."
"Não, eu não queria dormir com ela. Foi sem dúvida essa a razão que fez com que ela depois me amasse tanto. por uma vez um homem não quisera dormir com ela."
"Perguntou-me se eu pensava muitas vezes nela. O que as feministas têm de aborrecido é que querem tanto estar em pé de igualdade com os homens que estes deixam de poder comunicar com elas, porque comunicar consiste justamente em dominar, ser dominado, usar de todas as artimanhas, violar, esmagar, oferecer-se, abandonar-se. A comunicação não é inofensiva, é amor, e no amor é preciso ser fraco."

"A questão de fazer ou não fazer amor não se coloca quando se deseja assim.(...)Mais do que fazer amor vivemos no interior do sexo como os leões vivem na selva. Entrámos no sexo e ele fechou a aporta atrás de nós e demo-nos então conta de que não era no sexo que nos encontrávamos mas no paraíso."

"O que é bom, quando acariciamos a mulher que amamos é que temos toda a eternidade à nossa frente."
"A voz é metade de uma mulher. Como se toda a vida nos fôssemos preparando para sermos cegos, guiamo-nos pelo som. A primeira coisa que fazemos não é olhar para uma mulher, mas ouvi-la. E só se a flauta de Pan que tem no lugar da boca nos encanta, é que começamos a olhar para ela. Aquilo que me seria mais difícil separar, se algum dia a Erika me deixasse, seria da sua voz."

"Tantas vezes a beleza zombou de nós que no dia em que ela nos contempla só somos capazes de pensar que não se trata com certeza de beleza."

"Em matéria de amor não há encontros, há apenas reencontros."
" O ser humano tem muitos vícios, disse Erika, mas deixar-se amar por alguém que não se ama é o pior de todos, e é precisamente esse o meu."

"Dois rios que se entrelaçam. Peixes correndo uns para os outros. Espuma. O nosso repouso, como se já antes tivéssemos partilhado o leito de cem noites. Começámos por não ter nada a dizer um ao outro - antes que as suas palavras e as minhas se fundissem umas nas outras. Fusão através do verbo que desabrocha como nunca antes. As nossas histórias que, para se encadearem, revolvem o passado no desejo de encontrarem laços. O que fizemos a dois quando ainda nem sequer nos conhecíamos."
Mais valia ler- te o livro inteiro não?!...
Mas não... transcrevi tudo, letra por letra...
Porque me soube muito bem ler-nos aqui, e dar-te a ler, a ti...
Assim preencho o Verão...sem ti...

01/07/2009

...horas sem tempo...


Nestas horas sem tempo que não passam
Tento deslindar de que massa és tu feito...
Serás a minha metade boa ou má, sendo que,
metade de mim é amor, e a outra metade...amor...?
Serás a dor que sinto?...
Serás igual a mim, pra mim,
ou apenas um desejo de mim, que nunca existiu...?!

Espererei uma palavra...um toque, um sinal
e as lágrimas voltam a dizer-me que te amo
mesmo não vindo
mesmo não te tendo...
e doi mais do mesmo "não falando"

E nestas páginas amarrotadas dos dias e noites desinquietos
em que tento curar esse abismo do meu sentir
em que tento arranjar uma razão para sorrir
quando me dizes pra viver...(sem ti)

Morro... porque te vejo desistir
e destruo-me quando me/te culpo por não mais teres forças
pra me levar
pra me amar

E insisto... fervendo de raiva de não saber por onde andas...
Pior; de descobrir que não te interessa por onde ando...
E odeio-te por não me amares mais...
Porque não abro mão do meu querer...
Porque acredito no meu amor...
Mesmo nestas horas sem tempo que não passam...

...Diz-me...


E se não mais te dirigisse a palavra?
Se não mais te dissesse que estou viva
ou que vives em mim, mesmo que me mate?

E se não mais soubesses de mim
Nunca mais me visses
Não mais me ouvisses
mesmo os gritos mudos
entre os silêncios que nos repelem

Abrandaria a tua dor?
Acalmaria teu coração?
Viverias melhor?
Insistes tanto em afastares-te, desculpando-te comigo
Será então mais fácil para ti desistir, do que amar... ?
Será... e eu ainda não vi?
Diz-me!

Se preferes que eu me apague de vez da tua vida,
Diz-me!
Custaria muito menos esta ausência, este fim,
se ao menos um de nós fosse menos infeliz...
Mas tens razão:
Eu tanto peço -
Diz-me,
e tu dizes ou não dizes sempre o mesmo,
que provávelmente
só e ainda eu é que acredito...
ou ainda espero...
que tenhas algo diferente a dizer-me...
Diz-me...
malu

(mais) Silêncio (ainda)

vitrola dos ausentes



Assim como do fundo da música
brota uma nota
que enquanto vibra cresce e se adelgaça
até que noutra música emudece,
brota do fundo do silêncio
outro silêncio, aguda torre, espada,
e sobe e cresce e nos suspende
e enquanto sobe caem
recordações, esperanças,
as pequenas mentiras e as grandes,
e queremos gritar e na garganta
o grito se desvanece:
desembocamos no silêncio
onde os silêncios emudecem.


Octavio Paz, in "Liberdade sob Palavra"
Tradução de Luis Pignatelli

...morte aos laços...


Ter um sonho, um sonho lindo,
Noite branda de luar,
Que se sonhasse a sorrir...
Que se sonhasse a chorar...

Ter um sonho, que nos fosse
A vida, a luz, o alento,
Que a sonhar beijasse doce
A nossa boca... um lamento...

Ser pra nós o guia, o norte,
Na vida o único trilho;
E depois ver vir a morte
Despedaçar esses laços!...

...É pior que ter um filho
Que nos morresse nos braços!
Florbela Espanca

...não contes...


não contes as vezes que não te disse: amo-te
lembra-te apenas das que te sentiste amado
não te peço que me queiras bem
esperava que me amasses
tantas vezes como as que disseste
seriam o bastante pra me fazer feliz
e não me sinto

...fácil de entender...?!?...

Talvez por não saber falar de cor, imaginei
Talvez por saber o que não será melhor, aproximei
Meu corpo é o teu corpo, o desejo entregue a nós...
sei lá eu o que queres dizer.
Despedir-me de ti,
"Adeus, um dia, voltarei a ser feliz."

Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor
não sei o que é sentir.
Se por falar, falei, pensei que se falasse
era fácil de entender.

Talvez por não saber falar de cor, imaginei.
Triste é o virar de costas, o último adeus
sabe Deus o que quero dizer.
Obrigado por saberes cuidar de mim,
tratar de mim, olhar para mim...
Escutar quem sou
e se ao menos tudo fosse igual a ti...

Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor
não sei o que é sentir.
Se por falar, falei, pensei que se falasse
era fácil de entender.

Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor
não sei o que é sentir.
Se por falar, falei, pensei que se falasse
era fácil de entender.

É o amor que chega ao fim.
Um final assim, assim é mais fácil de entender...

Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor
não sei o que é sentir.
Se por falar, falei, pensei que se falasse
é mais fácil de entender.

Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor
não sei o que é sentir.
Se por falar, falei, pensei que se falasse
era fácil de entender.

...Seja onde for...

imagem in wordpress.com

Qualquer dia, qualquer hora
Agente se encontra
Seja aonde for, pra falar de amor

Qualquer dia, qualquer hora
Agente se encontra
Seja aonde for, pra falar de amor

Pra matar a saudade,
Da felicidade
Dos instantes que juntos passamos
E promessas juramos

Reviver os momentos
De sonho e de paixão
Das palavras loucas
Vindas do coração

Meu amor
Ah se eu pudesse te abraçar agora
Poder parar o tempo nessa hora
Prá nunca mais eu ver você partir
Meu amor...

Meu amor
Ah se eu pudesse te abraçar agora
Poder parar o tempo nessa hora
Prá nunca mais eu ver você partir

(Meu amor)

Música: Os Amantes (1977)
Autoria: Sidney da Conceição / Lourenço / Augusto Cesar
Interpretação: Luiz Ayrão