10/11/2011

...alguma coisa, boa...


E, no entanto, qualquer coisa foi acrescentada à minha interpretação do mundo. Alguma coisa jaz no mais profundo do meu ser. Por um momento, pensei que a alcançava. Mas é melhor deixá-la permanecer no mais profundo de mim até que possa germinar. Talvez ao fim de uma longa vida, num momento de revelação, eu consiga segurá-la sem qualquer esforço. Mas agora podia quebrar-se nas minhas mãos. Por cada ideia que chega a definir-se, mil se estilhaçam. Estilhaçam-se e desmoronam-se sobre mim.

Virginia Woolf,
As Ondas

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