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Querer-te é um vôo em que me lanço,
como ave de curta vida
indo de encontro ao rochedo.
Sou frágil para tanto amor e ainda assim, vou,
busco de livre vontade os tormentos,
as tormentas do amor, esse insaciável tirano.
Querer-te é um vento a que me entrego,
andando da terra para o mar, a levar
os perfumes, o pó do tempo.
E o tempo nada pode para tanto amor.
Querer-te é voltar sempre os olhos para trás
e chorar a lágrima azul
que em meus olhos deixaste.
Azul do mar que não cessa de crescer entre nós.
Querer-te é esse lamento de rio nas pedras,
esse subterrâneo do mar da realidade,
esse imaginar, como se existisse a rosa,
o arco-íris e sua promessa de felicidade.
saramar em
http://www.abrindojanelas.blogspot.com/
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