Não te posso pedir que me leves. Não te posso trazer junto a mim. Não tenho fome, não tenho sono, não tenho sede... Não sinto nada, apenas um amargo imenso na garganta, uma tremenda e cortante vontade de chorar, sem ter pena de mais nada neste mundo, sem me ralar com mais ninguém... Sinto-me apenas desabar.
Não aguento mais diria qualquer um... não serei eu quem o vou dizer!
Amo-te até à exaustão do meu existir. Perco-me por não saber como esquecer-te, nestes momentos em que me mata essa saudade, em que não consigo ser feliz sem ti
e não tenho a grandeza de me esquivar destes pensamentos, e não consigo ignorar o meu desespero, e não me deixo distrair por nada mais senão pela dor de te não ter.
Mesmo estando à minha volta quem me chame, mesmo sabendo que tenho uma missão, há alturas em que não consigo escrever as palavras certas, em que não consigo calar ou ouvir as coisas certas, em que não consigo contentar-me com o que tenho, em que não consigo lamentar-me com o que não tenho, porque a única coisa que tenho certa ou não certa és tu, sempre em mim...
Desculpa-me ser tão egoista e haver estas alturas em que me afundo de tanto sentir a tua falta que não consigo amparar-me em mais nada, mais ninguém, senão na tua ausência para me justificar ser tão imperfeita, tão incapaz de ser racional como qualquer outra.